CDU acusa a CMF de inacção na requalificação dos centros históricos do Funchal

A CDU visitou a freguesia de São Pedro, na Levada do Moinho, salientando a necessidade de requalificação das zonas degradadas da cidade do Funchal, com processo de urgência. A deputada municipal da CDU, Herlanda Amado, sublinhou que o Funchal tem um conjunto de áreas degradadas, que necessitam de intervenções urbanísticas céleres. Estas intervenções, disse, “podem ser chamadas de requalificação, reabilitação ou revitalização, mas independentemente dos termos utilizados, o que necessário e urgente é intervir”.

Nos processos de intervenção urbanística nestas áreas centrais degradadas é necessário garantir infraestruturas e equipamentos, garantindo a melhoria da qualidade de vida de quem aqui vive, porque em primeiro lugar devem estar as pessoas, defendeu a CDU.

Segundo o partido, já há vários anos que estão identificados problemas nos chamados Centros Históricos da cidade, como a degradação dos edifícios, a falta de acessos, falta de bocas de incêndio, habitações degradadas, falta de saneamento básico e de esgotos. Quando em 2014 foi aprovada a ARU (Área de Reabilitação Urbana), que visava reabilitar os Centros Históricos de Santa Maria, Santa Luzia, Sé e São Pedro, foram criadas muitas expectativas juntos dos moradores com promessas várias, aponta esta força política. “A resolução dos problemas parecia estar para breve, mas a verdade é que até agora nada foi concretizado”, constatou Herlanda Amado.

Em 2017 o presidente da Câmara caracterizava esta zona como sendo um navio encalhado, porque uma parte da cidade parou e estagnou no tempo, mas a verdade é que nada fez para resolver este problema, opinou a porta-voz desta iniciativa. “Não basta falar de requalificação ou reabilitação urbana. É urgente agir”, exorta a CDU, que aponta que zonas como São João, Arrifes ou Moinhos, onde nos encontramos, são exemplos de núcleos com graves carências habitacionais, de acessibilidades ou mesmo de saneamento básico, mas até agora nada foi concretizado pelo Município, apesar das reclamações e até entrega de abaixo-assinados, por parte dos moradores.