Bloco de Esquerda diz que a gestão pública protegeria os trabalhadores portuários e critica as concessões

Referindo que “trabalhadores portuários em risco” foi o título de uma notícia recente, o BE vem dizer que com a sua proposta de recuperar a gestão pública dos portos da Madeira, os trabalhadores “nada têm a recear pois serão integrados na entidade pública que assumir a responsabilidade de gerir os portos”.

“Os trabalhadores”, promete o BE, “terão o seu trabalho assegurado e ficarão a salvo da precariedade laboral e da chantagem da entidade patronal. Esta mais uma vez recorre à instrumentalização dos trabalhadores para proteger o seus próprios interesses, como foi o caso nas manifestações dos trabalhadores da Quinta do Lorde junto à Câmara Municipal do Funchal, no início de 2014”, acusa.

No entanto, admite o dirigente do Bloco, os riscos para os trabalhadores existem, no caso de o Governo Regional insistir em concessionar a gestão dos portos, com ou sem concurso público para o efeito. “As concessões e as privatizações são instrumentos para fazer cessar os contratos de trabalhos, cortar regalias e reduzir os salários dos trabalhadores, em benefício exclusivo dos patrões e não da população”, fulmina Paulino Ascensão, que diz que os exemplos recentes da PT ou dos CTT demonstram que não há vantagens para o erário público e muito menos para os utentes em geral, com a concessão de serviços públicos. “Estes exemplos mostram que a população só tem a esperar a degradação da qualidade dos serviços prestados e o aumento dos preços”, afirma.

O Bloco de Esquerda diz estranhar que partidos da oposição regional, supostamente situados à esquerda do PSD, venham a público cobrar a promessa eleitoral de Miguel Albuquerque de renovar a concessão dos portos através de concurso público. Ficou demonstrado, no caso do concurso público do ferry, que essa via não é solução e que a gestão pública é a única forma de garantir a defesa do interesse público.