*Com Rui Marote
As críticas a António Costa voltaram a fazer-se ouvir hoje na Assembleia Legislativa Regional, com o deputado José Prada a tecer críticas à visita de António Costa à Madeira, acusando o primeiro-ministro de ser pródigo em promessas mas, depois, nada ser efectivamente resolvido, como, considerou, tem acontecido com matérias de grande interesse para a Região, como o novo hospital. O parlamentar social-democrata aproveitou também para referir o facto de o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, marcarem presença nos Estados Gerais do PS-Madeira. Uma indicação, acusou, de que o PS-M é totalmente comandado pela força centralizadora do Executivo de António Costa.
Os social-democratas não descansaram nesta sessão, com José Paulo Marques a apelidar de “mentecapto” o constitucionalista Vital Moreira, que criticou recentemente a possibilidade do governo central assumir metade dos custos da construção do novo hospital da Madeira.
As críticas ao executivo socialista viriam também da esquerda, com a deputada comunista Sílvia Vasconcelos, que se referia à proposta de revisão do Código do Trabalho que foi ontem aprovada em Lisboa. O PCP considera que a mesma padece de situações que colocam em causa direitos dos trabalhadores e acusou os socialistas de darem com uma mão e tirarem com a outra. Entretanto, e por entre propostas de votos de pesar pela morte do pintor Júlio Pomar e do jornalista António Loja Neves, o parlamento esteve a abordar duas propostas do PCP recomendando a construção de novos lares de terceira idade.
Entretanto, a ALRAM recebeu os deputados da Comissão de Defesa do parlamento nacional, que estiveram a assistir aos trabalhos, tendo também sido recebidos por Tranquada Gomes e pelos dirigentes das diversas bancadas parlamentares. Uma situação que foi criticada pelo deputado social-democrata Carlos Rodrigues, que considerou não ser a mais indicada, para decorrer simultaneamente com o plenário. O debate em torno da situação dos idosos espoletado pelo PCP gerou discussão, tendo o PSD defendido a sua política de acção social referente a esta área específica criticando também o governo central, por alegadamente não transferir qualquer verba para os cuidados continuados aos idosos.
A deputada trabalhista Raquel Coelho, por seu turno, regressou ao parlamento hoje, substituindo o deputado Quintino Costa, e enviando farpas aos socialistas, ao dizer que nos Estados Gerais que os socialistas realizarão em breve a “pasta da economia” foi dada a um administrador do Grupo Sousa.
