Teresa Leão reeleita na concelhia do PS-Porto Santo

Teresa Leão foi reeleita, no passado sábado, presidente da Concelhia do Partido Socialista do Porto Santo. Uma candidatura que a agora reeleita presidente assume como sendo um projeto de futuro que olha para as Eleições Regionais de 2019 como «um momento único na nossa história democrática, capaz de mudar o futuro do Porto Santo e da Madeira».

Segundo uma nota de imprensa, sob o lema “Pelo Porto Santo, pelos porto-santenses”, a estrutura concelhia está empenhada em trabalhar para a resolução dos problemas da ilha dourada e em contribuir para preparar o caminho que leve à vitória do partido nas eleições regionais do próximo ano.

Teresa Leão diz que «houve um tempo em que a direção política do PS-Porto Santo se afastou dos seus militantes, não os colocando no centro da decisão política», em que «as decisões eram tomadas por dois ou três elementos que, invertendo os valores do socialismo, mandando e desmandando, chegaram ao ponto de se tornarem mais oposição do que a própria oposição», sendo que, «apesar do esforço de coerência interna e da entrega na defesa dos interesses dos porto-santenses, a este facto não será alheio o resultado obtido pelo PS nas últimas autárquicas na nossa terra».

Contudo, sublinha a responsável, «lutámos e reforçámos a confiança dos militantes, devolvendo o partido aos históricos, àqueles que sempre lutaram e sempre deram a cara pelo Partido Socialista no Porto Santo, bem como integrámos novas gerações». «Acabou o tempo do medo com perseguições políticas àqueles que demonstravam o seu apoio aos ideais socialistas no Porto Santo. Cabe a cada um de nós, enquanto militantes socialistas, trazer novas pessoas para o partido, militantes ativos e cooperadores, militantes com ideias e com propostas, com espírito de entreajuda e de colaboração entre todos e, inscrevendo-os, trazê-los para os centros de decisão, demonstrando assim que todos são importantes para o Partido Socialista e que o partido precisa de todos», refere.

A concelhia do PS-Porto Santo assume o compromisso de ser uma alternativa real e trabalhar de forma coesa para concretizar na vida dos porto-santenses «o que muitos socialistas apenas sonharam». «Em primeiro lugar estão as pessoas. Todos! Sem exceção! Queremos trabalhar numa lógica de proximidade às pessoas, não apenas para os militantes, mas para todos os cidadãos», vinca a reeleita presidente.

Segundo Teresa Leão, «a história vem demonstrando que a política do PPD/PSD atirou o Porto Santo para um caminho onde questões estruturais para o desenvolvimento efetivo da nossa ilha, como a saúde, a criação de emprego, a educação e a cultura, a dinamização da economia local, o turismo e a mobilidade dos porto-santenses marcam aquilo que a governação PPD/PSD melhor sabe fazer: regressar ao passado, pela via do populismo e da hipocrisia, arquitetando malabarismos e inimigos externos, de costas voltadas à responsabilidade, à política séria comprometida com as necessidades do dia-a-dia das pessoas, tudo prometendo e pouco cumprindo».

A presidente da concelhia quer «um partido mobilizado, envolvendo militantes e simpatizantes, para preparar o caminho para trazer à Região Autónoma da Madeira, já em 2019, a alternância do poder, garantia inequívoca de que a chama da Liberdade mudará o nosso futuro».

Teresa Leão lembra que em 2013 o PS foi poder na autarquia do Porto Santo, conquistando a Câmara Municipal com 3 elementos, contra 2 da oposição. Por outro lado, na Assembleia Municipal, obteve uma maioria relativa, elegendo 6 deputados municipais, contra 9 da oposição, enquanto que a Junta de Freguesia foi ganha pelo PSD. Segundo afirma, foi um mandato de luta, com necessidade de negociação que, «mal ou bem, foi sendo conseguida».

Atualmente, na sequência das eleições autárquicas de 2017, «a autarquia está ao serviço do PSD e não serve as necessidades dos porto-santenses», sendo que há uma «desilusão generalizada no Porto Santo», e a Assembleia Municipal confunde o interesse da população com o interesse particular das pessoas filiadas no Partido Social Democrata», afirma a presidente da concelhia do PS.

«Veja -se a apresentação oficial do programa da comemoração dos 600 anos do Descobrimento do Porto Santo e Madeira, onde nem o Presidente do Governo compareceu. Um programa onde os porto-santenses não se reveem e que não chega ao conhecimento dos turistas que nos visitam. Não há pela cidade nenhuma marca visível dessa comemoração. Idalino Vasconcelos está em tudo ao serviço dos interesses do Partido e isso não passa pela resolução das questões estruturais para o crescimento da economia local, por trabalhar no sentido de melhorar as questões de saúde no Porto Santo», constata.

Face a este estado de coisas, Teresa Leão aponta alguns dos objetivos a que o PS-Porto Santo se compromete, nomeadamente trabalhar no sentido de melhorar as questões da Saúde na ilha, definir estratégias de investimento social, diminuindo assimetrias locais, em prol da dignidade humana de todas as famílias porto-santenses, atentar às necessidades educativas e culturais da população local e promover uma sociedade mais justa, assente no princípio de igualdade, tanto nas questões de género, como no cumprimento integral do princípio de igualdade consagrado na Constituição da República Portuguesa.

São também compromissos promover a participação dos jovens porto-santenses na vida cívica, fazer valer as especificidades do Porto Santo no que respeita às necessidades dos pequenos e médios comerciantes e o interesse no setor primário, «completamente abandonado pelo governo PPD/PSD», bem como, ainda, melhorar a mobilidade, reivindicando o cumprimento do princípio da continuidade territorial em relação ao Porto Santo com comunicação estreita com o Estado, no sentido de garantir, face à dupla insularidade, os direitos dos porto-santenses.