Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, anunciou hoje um novo aumento de 95% no salário mínimo, uma decisão que muitos interpretam como uma medida que visa tentar criar um “tampão” na onda de descontentamento que grassa há algum tempo no País, onde vive uma vasta comunidade madeirense.

Maduro anunciou, assim, que o salário mínimo passa a ser de de 2.555.500 bolívares (30,66 euros à taxa de câmbio oficial Dicom). O anúncio foi feito durante uma cerimónia em Caracas.

Uma notícia do “dinheiro vivo” refere que “o novo valor do salário mínimo integral (com todos os subsídios incluídos) deverá ser pago com retroatividade a partir de 15 de abril, estando composto por 1.000.000 de bolívares (12 euros), e 1.555.500 bolívares (18,66 euros) em subsídio de alimentação”.

A mesma publicação diz ainda que “os reformados e aposentados vão passar a receber uma pensão mensal de 1.400.000 bolívares (16,79 euros), que equivalem ao salário mínimo (sem subsídios), acompanhador por um “abono de guerra económica” de 400.000 bolívares”.

A mesma publicação, citando informação da agência Lusa, dá conta que “na Venezuela, os trabalhadores precisam de mais de 2.000.000 de bolívares (23,99 euros) para comprar um quilograma de carne de vaca, segundo os preços em vigor no último domingo”.