OCM realiza dia 21 concerto da Festa da Flor com “rei dos violinistas” Roby Lakatos

A Orquestra Clássica da Madeira diz-se “orgulhosa” de apresentar um concerto da Festa da Flor com o violinista Roby Lakatos, citado pelo jornal britânico Daily Telegraph como “O Rei dos violinistas”. Trata-se, sublinha a OCM num comunicado de imprensa, dum “concerto único”. Lakatos já foi chamado de “o violinista de dedos mais rápido do mundo”, e apresentará um programa “cheio de virtuosismo e lirismo”.

Os temas que interpretrá são variados, como “A Lista de Schindler” de John Williams, do filme homónimo de Steven Spielberg, ou “Oblivion” de Astor Piazzolla, passando pelas Csárdás de Vittorio Monti e temas tradicionais russos.

Roby Lakatos já tocou nas salas mais emblemáticas da Europa, Ásia e América, e gravou para etiquetas prestigiadas como a Deutsche Grammophon.

Por outro lado, e também em estreia com a OCM, estará o maestro David Ramael, na vanguarda da nova geração de maestros empreendedores, que tentam dar uma relevância renovada à música clássica.

“E é com o esplendor da música que continuamos a levar a nossa dedicação e rigor ao público que nos segue com as estéticas que nos rodeiam. E é com a estética da natureza moldada também pelo Homem que apresentamos para este concerto como imagem seleccionada os Jardins Quinta do Imperador – Monte, pelo Artista Associado da nossa Temporada, o Designer Filipe Gomes”, salienta Norberto Gomes, director artístico da OCM.

Os bilhetes custam entre 20€ e 5€ e estão disponíveis no La Vie Funchal Shopping Center , na Loja Naturalmente Português (Piso 1), das 09:00 às 22:00, e no dia do concerto no local, a partir das 14:00.

Concretamente, este é o programa do concerto que se realizará no dia 21, sábado, às 18 horas.

Roby Lakatos (1965 –     ) – Fire dance
Franz von Vecsey (1893 – 1935) – Valse triste
Russian Folk Song – Two Guitars
Astor Piazzolla (1921 – 1992) – Oblivion
Jerry Bock (1928 – 1960) – Fiddler on the roof suite
Roby Lakatos (1965 –     ) -A-10450
Russian Folk Song – I’ve met you mama
John Williams (1932 –     ) – Shindler’s list
János Bihary (1764-1827)- Memory of BiharI – Heyre Katy
Astor Piazzolla (1921 – 1992) – Chiquilin de Bachin
Vittorio Monti (1868 – 1922) – Csárdás

 

David Ramael, maestro

O maestro convidado David Ramael é fundador e director artístico da Boho Strings, uma orquestra de cordas conhecida por construir uma sociedade mais inclusiva, compassiva e compreensiva através da música. Já alcançou um histórico marcante na criação de programas novos e únicos, através da concertação de locais não convencionais e abraçando totalmente as qualidades transformadoras da música.

Antes do seu papel na Boho Strings, David Ramael atuou durante 10 anos nos Estados Unidos, onde liderou inúmeros programas orquestrais de alto nível em universidades como Nova Iorque, além de ser Diretor Artístico da Gemini Youth Orchestras.

David Ramael é formado em direção e musicologia, tendo estudado no Conservatório Real de Bruxelas, na Universidade Livre de Bruxelas, na Universidade de Viena e na Universidade de Minnesota. Recebeu uma bolsa da prestigiosa Belgian American Education Foundation.

Conhecido pela sua genuína musicalidade e pela sua originalidade em combinar uma clara visão artística com um forte interesse em questões sociais, David Ramael é convidado frequentemente em todas as principais salas de concerto na Bélgica, como BOZAR, Concertgebouw Brugge, Singel e De Bijloke, e com orquestras como Vlaamse Sinfonietta, Orchester Philharmonique de Liège e a Orquestra Nacional da Bélgica.

http://www.davidramael.com/

 

Roby Lakatos, solista convidado

“Se o violinista Roby Lakatos fosse pago com base na quantidade de notas que interpreta em qualquer performance, provavelmente seria o músico mais rico do mundo.”

Don Heckman, Los Angeles Times

“O violinista de dedos mais rápidos do mundo ” – Daily Telegraph (UK)

O lendário violinista cigano Roby Lakatos não é apenas um virtuoso arrebatador, mas também um músico de extraordinária versatilidade estilística. Igualmente confortável, interpretando música clássica ou jazz com o seu próprio idioma folclórico húngaro, Lakatos é um músico raro que desafia a definição. É conhecido como um violinista cigano ou “violinista diabólico”, um virtuoso clássico, um improvisador de jazz, compositor e arranjador, uma encarnação do século XIX, é realmente todas estas coisas ao mesmo tempo. É o tipo de músico universal que raramente se encontra – um performer cuja força como interprete deriva de suas atividades como improvisador e compositor. Apresentou-se nas mais prestigiadas salas mundiais como Carnegie Hall, Sydney Opera House, Barbican Centre, BOZAR entre outras, tendo participado em grandes festivais na Europa, Ásia e América.

Nascido em 1965 na lendária família de violinistas ciganos, descendente de Janos Bihari, “King of Gypsy Violinists”, Roby Lakatos iniciou-se na música enquanto criança e aos nove anos, fez a sua estreia pública, como primeiro violino num ensemble de ciganos. A sua musicalidade evoluiu não só dentro da sua própria família, mas também no Conservatório Béla Bartók de Budapeste, onde ganhou o primeiro prémio de violino clássico em 1984. Entre 1986 e 1996, com o seu ensemble encantaram o público em “Les Atéliers de la grande Ille” em Bruxelas, que foi a sua casa durante todo este período. Colaborou com Vadim Repin e Stéphane Grappelli, tendo a sua técnica sido muito admirada por Sir Yehudi Menuhin, que fez sempre questão de o ver em Bruxelas. Em março de 2004, Lakatos apareceu com grande aclamação com a London Symphony Orchestra no festival “Genius of the Violin” ao lado do violinista Maxim Vengerov.

Quando Roby Lakatos mistura a chamada “música clássica” com a magia da vitalidade húngaro-cigana, não se converte em uma atitude desrespeitosa em relação ao património cultural superior, mas reflete mais a tradição profunda enraizada no património cultural dos ciganos, oferecendo novas e refrescantes interpretações, para o ouvinte e melómano. Assim como Liszt, Brahms e outros usaram os temas húngaros nas suas composições agora o público beneficia desta confrontação desses clássicos com o espírito cigano. Esta abordagem anima todos aqueles homens e mulheres em cujas veias ainda pulsam pelo menos um pouco do sangue do espírito errante.

Roby não é apenas um virtuoso extraordinário, mas um mágico com uma técnica única e o seu próprio estilo não deixa ninguém indiferente. É um músico único que pode tocar música clássica, Jazz e, naturalmente, o seu próprio idioma folclórico húngaro com tanta energia e qualidades técnicas, redefinindo todos os géneros com o seu violino. Apresentou-se nos grandes salas e festivais da Europa, Ásia e América onde tocou com os maiores nomes do jazz como Herbie Hancock, Quincy Jones, Stéphane Grappelli …

Tem uma inúmera discografia para etiquetas tais como Deutsche Grammophon, (considerada a principal etiqueta de cd para música clássica), Universal, entre outras.