Lembra-se da cota 120? Está parada!

Esta rua da urbanização do Faial, no Caminho do Palheiro, já foi dimensionada para a futura cota 120. Fotos Emanuel Silva

Lembram-se da cota 120? Sim, a ideia de uma 4.ª circular à cidade do Funchal (entre a cota 40 e a cota 200) que pretendia unir a zona dos Viveiros/Til/Ângelo Augusto da Silva/Rua Nova Pedro José de Ornelas/Alto da Pena/Rochinha/Quinta Faial/Chão da Loba.

A aspiração antiga foi projectada pela Câmara Municipal do Funchal de sucessivos executivos do PSD e incluía a construção de um viaduto sobre a Ribeira de João Gomes (entre o Alto da Pena e a Rochinha, sensivelmente por cima do antigo Matadouro, a uma altura estimada entre os 80 a 90 metros, com duas faixas de rodagem).

O 20 de Fevereiro de 2010 veio reavivar a ideia de um segundo atravessamento rodoviário, a uma cota superior, sobre a Ribeira de João Gomes.

Antes, em Maio de 2008 a CMF chegou mesmo a abrir um concurso público para a elaboração do “Projecto de Ligação da Rochinha ao Alto da Pena através de viaduto”.

Mas a falta de financiamento e a difícil equação entre o custo e o benefício deixou a cota 120 a meio. Ou melhor, com partes construídas e outras para construção de gerações futuras.

Por exemplo, na Quinta Faial, o arruamento de uma urbanização já foi deixado com as dimensões da futura cota 120. Assim como a Rua Mãe dos Homens (dimensionada há mais de 30 anos a pensar na futura travessia).

Do lado de Santa Luzia, a Rua Silvestre Quintino de Freitas também se aprestava para receber a futura cota 120. E, mais a oeste, tem poucos anos, na zona dos Viveiros, a construção da via entre os Viveiros e a Rua Bartolomeu Perestrelo (Rua Comendador Pe. Mário Casagrande, no Imaculado, no trajecto da futura cota 120).

Fim de linha…por enquanto.

O então Executivo municipal de Miguel Albuquerque chegou a orçamentar verbas para a travessia da Ribeira de João Gomes, em 2008 e 2009.

Veio o 20 de Fevereiro e as prioridades foram outras.

Recorde-se que a ideia da travessia da Ribeira de João Gomes entre a Rochinha e o alto da Pena remonta à década de 70 e chegou a estar prevista no plano de urbanização da Ribeira de João Gomes.

No PDM de 1972 (que vigorou até 1997), o viaduto foi contemplado num plano de atravessamento horizontal da cidade em várias cotas, gizado por Rafael Botelho e Gonçalo Nuno Araújo: Cota 40, cota 100 (parcialmente feita) e cota 120 (dos Viveiros à Pena passando pela Ângelo Augusto da Silva e Rua Nova Pedro José de Ornelas).

Do lado de Santa Maria Maior a cota 120 contempla a Rua Mãe dos Homens (construída há cerca de 30 anos), atravessamento do Lombo da Boa Vista, Caminho do Palheiro passando por uma das ruas da urbanização do Faial igualmente já dimensionada (hoje incompleta) a pensar na nova travessia.

Depois, estava previsto um túnel por debaixo do Caminho do Palheiro para ligar à Avenida Santiago Menor, nas imediações da escola dos Louros.

Está tudo em stand by.