O “Dançando com a Diferença” acolhe na sua sede, a 17 de Abril, pela 18h30, um debate sobre o tema: “Podem as organizações culturais fazer política? Devem?”. Esta é novamente uma iniciativa da Acesso Cultura que se realiza na RAM, no seguimento de um último debate que teve como tema de discussão “É o Design de Comunicação Elitista?” e cuja receptividade do público foi em muito positiva, diz o grupo dirigido por Henrique Amoedo.

O Funchal junta-se assim a Évora, Lisboa, Porto, S. Brás de Alportel e Vila Nova de Famalicão nestes debates, que principiaram em Outubro de 2013, discutindo o ‘Serviço público, museus e fotografia: Que limites?’. Desde então vários outros temas foram abordados, inicialmente apenas em Lisboa e Porto, e numa segunda fase estendendo-se a outras cidades.

“Podem as organizações culturais fazer política? Devem? A questão poderia também ser colocada desta forma: Podem as organizações culturais ser neutras? Devem? Nos casos em que se defende a neutralidade, parece existir alguma confusão em relação ao que se entende por “político” (e por “partidário”). Existe ainda alguma preocupação em relação à possibilidade de alienar parte do público por defender determinadas posições políticas. Por outro lado, há cada vez mais organizações culturais a querer assumir as suas responsabilidades naquilo que é o pensamento, o debate e a prática no âmbito da nossa vida em comum na cidade (pólis) e no mundo. Alguns veem nisto uma obrigação; outros, um certo oportunismo. As tutelas nem sempre se sentem confortáveis. Quais os riscos para as organizações culturais ao tomarem uma ou outra posição? Quais as expectativas dos cidadãos?”, questiona a organização.

O debate, “de cariz informal” contará com 3 convidados que em 5 minutos, apresentarão cada um a sua perspectiva sobre o tema base. São eles Ester Vieira, da direcção da ATEF e Direcção Artística do Oficina Versus Teatro; Maurício Reis, responsável da Porta 33; e Paulo Esteireiro, do Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical. O debate será moderado pelo jornalista Filipe Gonçalves.

A participação e assistência é livre e aberto a todo tipo de públicos.

Os interessados que pretendam reservar lugar podem fazê-lo até 16 de Abril através do email: Info@danca-inclusiva.com ou Numero: +351 92 706 9966