A partir de 1 de janeiro deste ano, os utentes da ADSE foram confrontados com a centralização em Lisboa dos pagamentos/reembolsos dos atos médicos e exames de diagnóstico. Uma medida que tem causado grande revolta por parte dos cidadãos que têm de pagar primeiro e receber quando houver disponibilidade.

Esta manhã, uma utente dirigiu-se a um laboratório para efetuar análises prescritas por um médico otorrino. Total: 271 euros. Ou paga na hora ou não há análises. Motivo: agora, tudo centralizado em Lisboa. Antes desta prática leonina, ou não pagava nada ou pagava muito pouco. Impõe-se a questão: será que a generalidade dos utentes teriam este montante na hora para pagar ao Estado e aguardar pelo reembolso?

Se tivesse feito as análises no Continente, como aconteceu com a mesma utente há um mês, em Coimbra, já não pagava nada. Na Madeira, e porque Lisboa centralizou o processo, é paga a totalidade na hora e aguarda pelo reembolso.

Esta madeirense não esconde a sua indignação ao FN. “Já não basta os madeirenses serem ostracizados devido ao aeroporto e às passagens aéreas e agora também são portugueses de segunda na saúde. Já é tempo de o Governo da República considerar os madeirenses como portugueses que são”.