Vento deixa em terra metade dos delegados da Madeira ao Congresso do CDS-PP

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Metade dos delegados da Madeira ao XXVII Congresso do CDS-PP ficou em terra. Os condicionalismos registados sábado no Aeroporto Internacional Cristiano Ronaldo impediram 29 pessoas da comitiva de viajar até ao Porto. Aos ventos fortes e visibilidade reduzida que desde quinta-feira causaram os caos no Aeroporto, escaparam os delegados e convidados que viajaram mais cedo.

A delegação do CDS-PP ao Congresso de Lamego era composta por 61 pessoas, entre delegados eleitos, inerências e convidados. Metade da comitiva agrupou-se num voo da Transavia, que deveria ter levantado voo às 12h10, em direção ao Porto, mas a aeronave nem tocou na pista do Aeroporto Internacional Cristino Ronaldo. Depois de muitas horas perdidas, e como a única alternativa apresentada pela companhia foi um voo para a manhã de domingo, que chegaria ao aeroporto Sá Carneiro praticamente à hora do encerramento do Congresso, o grupo acabou por não viajar.

As únicas diligências foram no sentido de conseguir um voo alternativo, noutra companhia, para o presidente e vice-presidente do CDS-PP Madeira, António Lopes da Fonseca e Rui Barreto, respetivamente.

“Compromisso Pela Madeira”

“Compromisso Pela Madeira” é o título da moção sectorial que tem como primeiro subscritor o presidente do CDS-PP Madeira, António Lopes da Fonseca, mas o documento, que pretende devolver dignidade e utilidade à Autonomia, foi subscrito por mais de 160 militantes.

António Lopes da Fonseca pretende que a estrutura nacional do CDS assuma a Autonomia como um valor para a resolução dos problemas concretos das populações da Região Autónoma da Madeira, nomeadamente ao nível da criação de um sistema fiscal próprio; garantias do cumprimento da continuidade territorial em matérias como os transportes aéreos e marítimos, assegurando a mobilidade territorial das pessoas mas também a redução dos custos com as mercadorias e as comunicações; dentro do mesmo princípio o Estado deve assumir responsabilidades financeiras com os custos da Saúde e Educação na Região; contribuir com respostas concretas no plano social e económico ao movimento de regresso de emigrantes à Região

Peso nacional

Quanto a lugares, nada ainda está decidido e só na manhã de domingo, quando Assunção Cristas colocar as listas à votação, se saberá o peso real do CDS-Madeira na futura estrutura dirigente nacional. No presente momento, nos diferentes órgãos nacionais, o CDS-PP Madeira integra os seguintes lugares de topo: António Lopes da Fonseca na Comissão Diretiva, órgão restrito e de consulta de Assunção Cristas, presidido pela própria líder nacional; Rui Barreto na Comissão Política; Teófilo Cunha vice-presidente da Mesa do Congresso e Mário Pereira, eleito em quinto lugar para o Conselho Nacional.

Digamos que o líder do CDS-PP Madeira tem a fundada expetativa de que o XXVII Congresso, de Lamego, venha a consagrar, no mínimo, a manutenção dos mesmos lugares acima referidos e que foram alcançados em 2016, no congresso que consagrou Assunção Cristas na liderança do CDS, em substituição de Paulo Portas.

A única certeza é em relação ao novo órgão que Assunção Cristas criou, o Senado, que inclui militantes de prestígio de todo o país. A Senadora indicada pela Madeira é Maria Eugénia, uma das mais antigas militantes do CDS-PP Madeira que já desempenhou vários cargos dirigentes, entre os quais o de presidente da Mesa do Congresso.