Porto Santo não pode andar a reboque da marca Madeira, diz o vereador Menezes de Oliveira que classifica de “fraca” a promoção na BTL

Menezes de Oliveira
Menezes de Oliveira e as consequências do mau tempo no Porto Santo: “Os comerciantes tiveram momentos de grande aflição, mas não puderam contar com a presença do presidente da Câmara, nem visitando as zonas afetadas nem para dar uma palavra de consolo”.

Menezes de Oliveira, vereador socialista na Câmara do Porto Santo manifesta o seu descontentamento por aquilo que considera ter sido uma fraca promoção do Porto Santo num espaço privilegiado como é a Bolsa de Turismo de Lisboa. Diz que a imagem da ilha dourada limitou-se a uma foto da praia e ao chapéu de palha. “Muito fraco para a dimensão que queremos dar. Não podemos andar a reboque da marca Madeira”, diz o vereador.

Considerando o posicionamento do atual presidente da Câmara de grande “passividade parante estas situações”, Menezes de Oliveira considera que o Porto Santo “deve ter uma promoção forte, afirmar-se enquanto destino e não estar sempre num papel secundarizado, menor, relativamente ao programa de promoção global da Região”. Essa atitude “pouco afirmativa”, atribuída a Idalino Vasconcelos pelo ex-presidente da autarquia, estende-se, na sua opinião, “às consequência do mau tempo, com a devastação na praia e a preocupação dos comerciantes que têm negócios próximos do mar e que, em algumas noites, tiveram momentos de grande aflição, mas não puderam contar com a presença do presidente da Câmara, nem visitando as zonas afetadas nem para dar uma palavra de consolo”.

Menezes de Oliveira diz que “as críticas são construtivas” e visam contribuir para o bem da população do Porto Santo. Considera que vai tomar posição pública enquanto vereador e lembra que “muitas das acusações que me fizeram estão cair por terra”, aludindo ao facto de terem sido considerados sem fundamento, pelas instâncias judiciais, “alguns processos de averiguação, na sequência de denúncias da antiga presidente de Câmara Luísa Mendonça, em articulação com o PSD, o que demonstra na realidade quem é que falava verdade”. Um dos casos prende-se com o IRS, da participação variável relativamente a 2015. E, face a isso, considera que “chegou o momento para trazer essa mesma verdade aos orgãos competentes, não invalidando outros procedimentos posteriores”.

Na sequência da reunião de Câmara de ontem, lembra que o convite a Marcelo Rebelo de Sousa para presidir à Comissão de Honra do Porto Santo 600 anos, partiu da anterior liderança camarária, presidida por si. E manda para o Governo da República, que permitiu o descongelamento de carreiras, os “louros” da consolidação das carreiras dos encarregados, que já tinham dado um primeiro passo, também na anterior gestão, reforça.

Fala do movimento “Mais Porto Santo”, liderado por José António Castro, como sendo “o óleo que vai gripar o motor do PSD”. Repete acusações já anteriormente feitas ao vereador único daquele movimento, mas também ao PSD, para dizer que “no dia que alguma coisa correr mal, o presidente Idalino não pode vir a chorar no ombro do PS”. Diz que “os manifestos eleitorais foram rasgados” e aponta um caso que em sua opinião “foi mal explicado”: o PSD deixou de isentar o pagamento dos parquímetros no centro, aos sábados, depois das 13 horas, domingos e feriados, alegando que havia uma decisão judicial, o que na realidade não aconteceu, como ficou provado na reunião de ontem”.

Para Menezes de Oliveira “terminou o estado de graça da liderança da Câmara do Porto Santo”, considerando os “transportes aéreos”, a falta de solução para o Lobo Marinho, em janeiro, bem como “a falta de uma agenda cultural”, como aspetos em que o Porto Santo “fez um retrocesso”.