Para a próxima “no olho da rua”, aviso de Albuquerque para “dois ou três tipos” dentro do PSD-M

Albuquerque TSD
Miguel Albuquerque “atirou” para dentro do PSD-M, com avisos “a dois ou três tipos” e para fora, com alvo no governo de António Costa.

“Já estão avisados dois ou três tipos que andam aqui dentro, que a próxima que fizerem são postos no olho da rua”. Foi assim, sem rodeios, que o líder do PSD-M falou para dentro da estrutura partidária, durante a tomada de posse dos núcleos de Auxiliares de Saúde, Desporto e Educadores de Infância dos TSD.

Albuquerque tirou o dia para por tudo “em pratos limpos”, como diz o povo. Mensagens para dentro, já com alvos identificados, e críticas para fora, também com direção certa, o governo de António Costa e a acusação de estarmos perante um “assalto” ao poder na Madeira, mensagem que o presidente do PSD-M tem vindo a passar em atos públicos, quer como responsável pelo Governo, quer enquanto responsável pela estrutura social democrtata regional. Os alvos internos “laranjas” são os que, no entender do líder, “querem prejudicar o PSD-M”, garantindo que “acima dos egos pessoais de cada um, está a Madeira e o partido”.

“A direcção do Partido, o Presidente da Comissão Política querem levar este Partido para a frente. Quem quiser falar, que vá falando sozinho, mas há um coisa que não vamos admitir: pessoas que estejam metidas aqui dentro para tentar minar a credibilidade e a unidade do nosso partido”, disse Albuquerque.

“Temos que olhar para o interesse geral da Madeira. Olhar para o interesse geral do nosso Partido e cada um gerir o seu ego em casa”, vincou, lembrando que só “unidos na ação”, como sempre esteve o Partido, é que o PSD pode ganhar eleições. “Não há que ter medo de adversários que valem muito pouco”, disse Albuquerque, reforçando os avisos para os querem atacar o Partido por dentro. “Se nós temos pessoas dentro do Partido que não entendem que é essencial em períodos fundamentais da acção política que o adversário está lá fora e não aqui dentro, então entramos por um caminho sem regresso”.

Miguel Albuquerque aponta críticas ao Governo da República “de esquerda contra a Madeira e contra o PSD, que não tem escrúpulos em usar todos os meios do Estado para fazer política”, acusando-o de ter colocado “um grupo de marionetas na Região, com o objectivo que a Madeira volte a ser uma espécie de colónia subordinada a Lisboa”.  Diz que o “temos um poder central que está obcecado com a tomada do poder na Madeira”, pelo que, face aos ataques, “perante um Primeiro-ministro que não se coíbe de ir à Assembleia mentir, a única hipótese do PSD e da Madeira é resistir”.

O líder social democrata madeirense considera que “somos uma espécie de aldeia do Asterix. Nós estamos a trabalhar num contexto de cerco das esquerdas. Tudo o que puder ser utilizado por parte do Estado, por parte do poder político contra a Madeira, vai ser utilizado. Esta gente que está no poder não tem qualquer escrúpulos para usar os poderes do Estado para fins partidários”, acusou Miguel Albuquerque, dizendo que cabe aos social-democratas madeirenses esclarecer a população para os riscos que estas manobras representam para o desenvolvimento da Região Autónoma. “A Madeira volta para trás. A Madeira deixa de se desenvolver, e deixa de ser um território livre e autónomo”, porque as “esquerdas feitas com Lisboa, querem voltar ao antigamente”.

Depois de recordar o caminho percorrido pela actual Direcção do PSD/Madeira e pelo Governo Regional desde que tomou posse, em Abril de 2015 – “num contexto de grande vulnerabilidade na Região, por estar sujeito a um plano de ajustamento” –, no qual o desemprego baixou e todos os indicadores económicos subiram, Miguel Albuquerque comparou o executivo regional com o da República, para constatar o óbvio: “O governo de Lisboa vive da propaganda, do vazio e do ruído mediático”.

O governo madeirense, continuou, foi a único do País a reduzir os impostos para as famílias e para as empresas. Reduziu em três anos 1.254 milhões de euros de dívida. O desemprego caiu de 15,8 para 8,9%. “Todos os sectores da a Região estão pela primeira vez em crescimento. E não é por acaso. É porque existe confiança. Estamos no caminho certo”, notou, criticando o governo da República desde a Saúde à Educação, passando pela Protecção Civil.

“Metade do país ardeu, e não aconteceu nada”, disse, denunciando que os sindicatos controlados pelo PCP e pelo Bloco de Esquerda, tentam passar uma imagem de que está tudo bem no País, quando não está.