CDS diz que a vila da Ponta do Sol está “cada vez mais descuidada”

A vila da Ponta do Sol encontra-se cada vez mais descuidada, considerou hoje o CDS, através da vereadora na Câmara Municipal da localidade, Sara Madalena.

“Sem que se note qualquer descentralização eficaz, basta ter em atenção o problema da recolha do lixo que não está normalizado, o fiasco do Mercado de Natal, nos Canhas, os reparos em vias de comunicação e acesso com buracos consideráveis, a delimitação de novas áreas de intervenção urbana que tardam em se efectivar, também se nota um crescente desinteresse pela sede de Município: a Vila de Ponta do Sol”, considera a vereadora.

Para o CDS, foram necessários alguns anos e esforço para tornar a vila da Ponta do Sol num centro de cultura e um ponto de paragem obrigatória para visitantes e residentes. Não há muito tempo ainda se circulava de automóvel na Rua Dr João Augusto Teixeira até a Rua da Marquesa, pelo centro histórico, onde se encontra um passeio pedonal com aprazíveis esplanadas que potenciaram o investimento local.

Sara Madalena opina que existiram exageros artísticos que, por pouco não transformavam o centro histórico numa parada “kitsch”, nomeadamente por excesso de paredes desenhadas, algumas sem nexo, tais como uma ao lado da Junta de Freguesia, a fachada da Empresa de Electricidade, cujos temas e as cores utilizadas cansam quem por ali circula diariamente, mas sobretudo o busto pintado na parede de pedra aparelhada, do Padre Caetano, que do alto do acesso ao Cais observa de colarinho e batina os banhistas pouco cobertos da praia em frente, o que, na sua opinião foi um projecto muito mal conseguido e pouco estético. A verdade é neste momento, a situação peca por defeito.

“Após as festividades do Carnaval as ruas do centro ficaram imundas, as ruas com manchas de bebida e comida pelo chão, cuja limpeza demorou e teve um empurrão das chuvas. Não é para uma Câmara cuja Presidente, em campanha, afirmou querer que a “Ponta do Sol fosse o concelho mais limpo da Madeira”, critica Sara Madalena.

Além deste facto, um outro tema que chama a atenção do CDS-PP e que que foi já levantado em sede de Campanha Eleitoral Autárquica é o estado das bolas de cimento entre correntes que adornam a marginal há cerca de trinta anos e que já causaram acidentes graves, por queda.

Os ditos adornos, alerta Sara Madalena, estão no estado que as imagens documentam, há pouco tempo sinalizados com umas fitas de plástico que pouco acrescentam à segurança das mesmas, que ameaçam ruir. Se a ideia de instalar correntes de metal junto ao mar foi infeliz, o perpetuar da situação ao ponto de colocar em causa a segurança de quem por ali passa é uma irresponsabilidade, diz a vereadora. “De que servem as paredes bem, ou mal decoradas, se depois temos bolas de tamanho significativo a ruir e sem proporcionar qualquer tipo de protecção a adultos e sobretudo crianças, como cartão de apresentação da Vila a quem a ela chega”, diz.

O CDS apresentará uma proposta, na próxima reunião de Câmara,para a substituição urgente dos ditos adornos por uma construção com bancos de cimento adornados com painéis de azulejos alusivos ao concelho e floreiras, como aliás, existia, parecido, na década de 80.