Cafôfo emite comunicado a confirmar que é arguido no processo do Monte e diz-se tranquilo

Fotos Rui Marote

O presidente da CMF reage à notícia veiculada em primeira mão pelo Expresso com um comunicado à Imprensa, confirmando o que já fora divulgado e também tornado público pelo FN.

“Confirmo a minha constituição como arguido no decurso do inquérito mandado instaurar na sequência da queda de uma árvore ocorrida no dia 15 de agosto de 2017, na freguesia do Monte.

Nestas circunstâncias, comuns em processos desta natureza, colaborei sempre com a investigação, prestei todos os esclarecimentos e forneci ao processo todos os elementos para que se possa efetivamente apurar a eventual existência de responsabilidades.

Continuarei absolutamente disponível para cooperar e colaborar com a investigação. Reforço que sempre cumpri para com todos os deveres que sobre mim impendem.

Estou de consciência tranquila em relação à minha atuação e ao meu dever para com a segurança dos funchalenses. O meu primeiro pensamento estará sempre com as vítimas deste acontecimento que ficará para sempre na minha memória”.

Na sua reação, o presidente não se pronuncia sobre a situação de arguidos da vereadora do Ambiente, Idalina Perestrelo, e de outro funcionário da autarquia. Um processo que fará ainda correr muita tinta.

Recorde-se que o processo de inquérito conduzido pelo Ministério Público procurou apurar as circunstâncias criminais em que ocorreram as 13 mortes, no Largo da Fonte, a 15 de agosto passado, na sequência da morte de um carvalho. A Polícia Judiciária fez a sua parte, ouviu testemunhas e fez peritagens e deixou ao crivo ao Ministério Público a decisão de constituição de arguido de Paulo Cafôfo, que o confirmou. Mas a tramitação judicial deste processo está longe de chegar ao fim. Como é sabido, só em audiência de julgamento é que se tomam as decisões finais. No entanto, começa a ser um “mau sinal” da investigação para o presidente da CMF e não só.