Obras na escola do Porto Santo arrancam em janeiro, 2º ciclo passa a funcionar no Farrobo

Porto santo escola
As obras na Escola Dr. Freitas Branco arrancam em janeiro.

As obras na Escola B+S Dr. Francisco Freitas Branco, no Porto Santo, começam em janeiro e o Conselho Executivo daquele estabelecimento de ensino prepara ajustamentos, para este segundo período escolar, resultantes do início dos trabalhos, que envolvem a retirada do amianto do edifício. A transferência do 2º ciclo para a escola do Farrobo é uma medida que já foi dada a conhecer à comunidade educativa, sendo que as aulas são retomadas amanhã, 3 de janeiro.

De acordo com a informação dada a professores, alunos e funcionários, assinada pela presidente do Conselho Executivo e disponível nas redes sociais, esta reorganização envolve dois turnos diurnos, um de manhã e outro de tarde, além de que, hoje, 2 de janeiro, já estão disponíveis, segundo a mesma informação, os novos horários de todas as turmas, do ensino básico e do ensino secundário. Em consequência, os transportes escolares funcionarão de acordo com os novos horários escolares.

Menezes de Oliveira
Menezes de Oliveira está satisfeito com o início das obras na Escola do Porto Santo, mas está preocupado com o facto das mesmas ocorrerem em pleno ano letivo.

As obras na Escola do Porto Santo arrastam-se há algum tempo e o início das mesmas esteve programado sem que, na realidade, se efetivasse a reestruturação que o edifício necessita. São conhecidas as divergências ocorridas, no âmbito desta operação, entre o anterior presidente da Câmara e o anterior secretário que tutelava as obras públicas, Sérgio Marques, que como se sabe já não está em funções e foi substituído por Miguel Albuquerque, que escolheu Amílcar Gonçalves para o lugar.

Foram meses em que Menezes de Oliveira, então responsável pelos destinos camarários, “mediu forças” com o Governo Regional, reforçando a relevância e a urgência das obras, sobretudo porque se trata da retirada de amianto, que é prejudicial à saúde, mas também apontando a necessidade dessas mesmas obras ocorrerem em período não letivo, por forma a preservar a segurança da comunidade escolar em plena época de aulas. Não foi isso que aconteceu e, de novo, forte divergência quando o governo anunciou que as obras teriam início em setembro, quando a escola se preparava para dar inicio a novo ano escolar.

A avaliar pela informação do conselho diretivo, os trabalhos começam em janeiro e é o próprio Menezes de Oliveira a reagir a essa informação, com mais dados que vão no sentido das obras terem lugar com o encerramento de um bloco do edifício, mantendo atividade em outros dois. Essa situação, para o ex-presidente da autarquia, hoje vereador eleito pelo PS, “é inconcebível, uma vez que as obras de retirada do amianto vão decorrer com os alunos e docentes na escola, além dos funcionários, com todos os problemas de saúde que isso implica, de acordo com avaliações médicas que tenho conhecimento”.

Menezes de Oliveira mostra-se “preocupado com a remoção do amianto” e afirma já ter questionado tanto a responsável pela Associação de Pais como o próprio presidente da Câmara, que remeteu a posição oficial da autarquia para um comunicado, mas a verdade é que já foi interpelado, depois disso, pelos deputados municipais, sem que houvesse qualquer resposta efetiva”.

O ex-presidente da CMPS diz estar agradado com a informação que dá conta do início das obras, afirma, sem reservas, que “as obras são bem vindas, mesmo tarde, mas importantes para a solução do problema”, mas deixa o alerta para toda a operação que ali será desenvolvida, lançando dúvidas na componente da segurança de todos os agentes educativos que li desenvolvem a sua atividade. Diz, por exemplo, que “encerrar o bloco 3 e deixar e 1 e o 2 a funcionar, quando todos têm amianto para retirar, parece-me estranho, sobretudo sem haver um plano em que toda a comunidade fosse informada, no sentido de colaborarem com todo o processo, que envolve questões de saúde pública”.

Menezes de Oliveira refere, ainda, para justificar a “falta de informação sobre o assunto”, a circunstância do presidente do Governo Regional ter estado no Porto Santo, em dezembro, sem que fosse feita “qualquer referência à escola, sendo esta uma obra importante para o Porto Santo”.