Feliz 2018!

Natal todos os dias,

Em todos os momentos e locais.

Sim, bem sei que é um sonho,

Mas o sonho comanda a vida!

Feliz Natal.

Agora que nos aproximamos do início de um novo ano é norma desejar felicidades a todos os familiares, amigos e conhecidos. Se me permitem, gostaria também de o desejar a todos Vós.

Comecemos pelo princípio. A vida para o actual governo não está fácil, muito embora a remodelação tenha trazido novas expectativas, depois de um longo caminho de maior contenção. Os governantes precisam também de alguma dose de fortuna, como sejam os tempos de entrada e de saída da cena pública.

Não está fácil a vida para o governo.  Porquê, queremos saber? Fundamentalmente por três ordens de razões.

Primeira. As expectativas criadas pelo governo esboroaram-se com o decorrer dos tempos, uma porque as promessas feitas no calor eleitoral revelaram-se de muito difícil concretização, outras por alguma falta de engenho e de arte de bem fazer. O que é certo é que, espremida, a acção governativa tem nota final negativa.

Segunda. A agenda nacional não é nada favorável ao governo regional e, assim, também não o é para os madeirenses. Não deveria ser assim, mas é. Os interesses políticos sobrepõem-se aos interesses do povo.

Terceira. Talvez devêssemos ter começado por aqui. A nossa realidade determina as dificuldades do governo. Vejamos:

-A Receita Fiscal da região não atingiu os mil milhões de euros em 2016 e, segundo os últimos dados, parece que a de 2017 será inferior, o que no mínimo ninguém entende, quando o PIB cresce. De realçar que o Centro Internacional de Negócios representou mais de 20% da Receita Fiscal, com o seu contributo de 200 milhões.

-As funções sociais – cf Orçamento regional para 2018 – representam, a Educação 338 milhões de euros e a Saúde 330 milhões. Notar que o total da Despesa planeada no Orçamento 2018 é de 1,8 mil milhões de euros.

-A Dívida Pública da Região Autónoma foi de 4,8 mil milhões em finais de 2016, não se esperando um valor muito diferente para 2017.

Percebemos que a acção governativa fica emparedada nos compromissos financeiros assumidos relativamente à Dívida Pública e na insuficiência da Receita gerada para assumir os investimentos necessários ao desenvolvimento regional, num quadro político do país adverso à Região

Sim, é absolutamente necessário um golpe de asa para sair desta armadilha.

De qualquer modo, dá tiros nos pés quem é inábil, desajeitado ou tosco. Mas que deambula por aí gente com falta de vista é um facto. Na verdade, não há pela Quinta Vigia ninguém que passe naquele centro social da Rua das Pretas e veja o terceiro mundismo nas filas intermináveis para receber as contrapartidas financeiras?

Mais grave, ainda ninguém, com responsabilidade governativa, foi ao Hospital dos Marmeleiros? Pois não sabem do horror que é. E não estou falando dos profissionais de saúde.

Agora, meus caros senhores, não há um dinheirinho para desviar dos túneis e que, notem, lavem a cara a esta infraestrutura, enquanto não se opera o milagre do novo hospital?