O Natal é o tempo de acender o fogo da hospitalidade…

O Natal é o tempo de acender o fogo da hospitalidade, em cada casa,  
a chama genial da caridade no coração.
Washington Irving

“Bem-aventurada a estação que envolve todo o mundo numa conspiração de amor”

Hamilton Wright Mabie

Creio que era Agosto, mas não recordo exactamente. Pelos comentários das redes sociais, aquela monotonia que o calor embala. Poderia até ter sido outro mês qualquer. A amenidade do clima madeirense consegue iludir esse tipo de precisão.

Uma família à espera de um filho. Na rede Facebook, eram frequentes as publicações do pai acerca da futura chegada do novo rebento. Uma alegria incontida que não conseguia deixar de partilhar com amigos e conhecidos. A certa altura, num comentário, leio: “Vai-te preparando para as noites sem dormir!”. É a resposta deste pai que me marcou e que desenhou (na altura, sem saber) o que viria a ser, agora, neste tempo, o fundamento para a minha reflexão de Natal: “Eu já perdi tantas noites por razões tão estúpidas, esta vai ser a melhor das razões!” (cito de cor).

Assim, de forma tão ingenuamente simples, se explica o Natal, a replicação, em cada Família, do exemplo de dádiva e de amor da “Família primeira”, em suma, da abnegada dedicação aos filhos.

Esta criança, nascida no mais verdadeiro berço de ouro (o do Amor) representa, para mim, o Natal. Estes pais, o garante de que há valores que nada, nem ninguém, supera ou perturba. Natal é nascimento. Nasceu o Matias, símbolo de todas as Famílias para quem o Natal, o de todos os dias, se re-encontra no olhar de cada criança.

O Natal é esta certeza e esta comunhão. Tudo o resto é a Festa: a mais bonita celebração.

Sei das muitas pessoas que, por razão de uma diversidade de credos, ou outra, não celebra o Natal. Celebrará, com certeza, todas as razões que aqui referi: o aconchego do lar que recebe os seus, em calor fraterno e com renovada esperança.

Um Santo e Feliz Natal!