Administrador não executivo da TAP explica declarações sobre críticas à companhia serem “entretenimento dos madeirenses”

Diogo lacerda machado
Diogo Lacerda Machado deita “água na fervura” das suas declarações sobre o facto das críticas à TAP serem um entretenimento dos madeirenses no Natal e Fim do Ano.

Diogo Lacerda Machado é um administrador não-executivo da TAP. Fez declarações mais ou menos neste sentido: criticar a TAP é um entretenimento dos madeirenses no Natal e fim do ano. Disse e houve quem não gostasse, nomeadamente os madeirenses, o PS e só não aconteceu com o Governo Regional porque o vice presidente do Executivo tem um dossier em mãos, o da revisão do subsídio de mobilidade, que obriga a alguma contenção em período de negociações.

Agora, vendo a polémica que as suas declarações originaram, o administrador da transportadora nacional procura desculpar-se. No fundo, diz a mesma coisa mas explica o que quis dizer com isso: “A propósito da indesejada controvérsia suscitada sobre declarações que fiz sobre tarifas aéreas na Madeira, entendo dever esclarecer que o sentido original e sério dessas declarações foi o de afirmar que a imputação que, por generalização precipitada, é feita à TAP das causas de exigência de tarifas elevadas em certas épocas do ano é um erro de análise e que, por assim ser, acaba por ser um modo de distração sobre as causas reais, que, como expressamente referido nas declarações, devem ser procuradas no contexto da existência de um mercado e da especialidade do transporte aéreo de e para regiões arquipelágicas”.

E reforça que não foi sua intenção desconsiderar a Madeira e os madeirenses: “Em circunstância alguma ousaria incorrer em qualquer forma de desconsideração da Madeira e dos concidadãos madeirenses, que seria indevida e injustificada”.

Recorde-se que a Região tem vindo a manifestar descontentamento, primeiro pela fórmula ecnontrada pelo Governo Regional, em negociações lideradas pelo anterior secretário da Economia Eduardo de Jesus, mas depois, em consequência desse acordo, contra os preços que a partir daí a TAP começou a praticar, na generalidade das épocas, mas sobretudo em períodos altos, como por exemplo o Natal e Fim do Ano, ao ponto de, em alguns dias, apenas estarem disponíveis lugares em classe executiva e a preços proibitivos, facto que provoca insatisfação pelo modelo e críticas à política da transportadora.