Livro sobre o Liceu do Funchal (1837-1900) será lançado amanhã na Escola Jaime Moniz

Realiza-se amanhã, pelas 17 horas, na sala 215 da Escola Secundária de Jaime Moniz, a apresentação do livro O Liceu Nacional do Funchal (1837-1900), da autoria de Hélder César Spínola Teixeira. Esta obra, com vasta bibliografia e anexos, resulta de uma dissertação de ‘Mestrado em História e Cultura das Regiões’, apresentada e defendida na Universidade da Madeira, em 2006, com o mesmo título, refere comunicado.

O volume “dá corpo a uma investigação robusta, que examina as fontes arquivísticas e bibliográficas atinentes à história do Liceu Nacional de Jaime Moniz, entre a sua fundação, em 1837, e o final do século XIX, concretamente até à implementação da reforma conhecida como de Jaime Moniz, grande período fundador já que, nele, se configura, como diz o autor, a ideia contemporânea de Escola, sobretudo nas suas vertentes principais”. São elas a questão da estatização do ensino, com o decreto de Passos Manuel (em 1936) e a questão da progressiva profissionalização do professorado, quer quanto à respectiva formação, quer quanto aos aspectos de carreira (Reforma de Fontes Pereira de Melo, de 1860); e bem assim, quanto à constituição de uma pedagogia mais orientada, cientificamente assente nas Ciências Humanas e Sociais, com a bem conhecida Reforma de Jaime Moniz (1894-1895).

O prefácio é assinado por António Sampaio da Nóvoa, antigo reitor da Universidade de Lisboa, ex-candidato presidencial e especialista em Ciências da Educação, que refere que, graças “a uma investigação sólida e rigorosa, Hélder Teixeira expõe a forma como o “todo-poderoso império do meio”, expressão usada por Lucien Febvre, se desenvolve na Madeira. É um processo lento, que o autor ilustra com base na análise de um significativo acervo documental.

A Direcção Regional da Cultura enfatiza que, através do seu Serviço de Publicações, “dá continuidade aos seus deveres de recolher, preservar e, sobretudo, de valorizar e divulgar estudos que facilitem e desenvolvam uma maior compreensão da nossa História Cultural, junto dos estudiosos e dos cidadãos interessados, na Região e fora da Região, em língua portuguesa e em tradução (sempre que apropriado), no espaço nacional ou nas nossas comunidades da diáspora”.