Bispos reunidos “seguram” padre Giselo desde que não tenha “vida dupla” e volte logo ao celibato

D. Manuel Clemente considera que o pároco do Monte pode continuar se mostrar disponibilidade para voltar ao celibato.

O padre Giselo Andrade pode continuar a exercer o sacerdócio desde que seja fiel ao celibato. Esta é a posição das Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), transmitida pelo cardeal patriarca de Lisboa, que preside à CEP, D. Manuel Clemente, repetindo aquilo que o Bispo da Diocese do Funchal já havia transmitido de que não pode o pároco de Monte ter “uma vida dupla”. De resto, pode continuar a exercer o sacerdócio.

Contrariamente a uma grande franja de católicos que defende a abolição do celibato, D. Manuel Clemente salienta que os bispos reiteram a sua importância e continuidade. Também o presidente da CEP não subscreve a tese do celibato facultativo, sob pena da “diluição do perfil sacerdotal. O padre é um sinal vivo do que era a vida de Cristo, que escolheu não formar uma família para ser familiar de todos”. Por isso, o celibato tem de ser assumido como “ideal e prática”.

Especificamente em relação ao padre Giselo Andrade, D. Manuel Clemente, falando em conferência de imprensa ontem após a Conferência Episcopal que reuniu os bipos do país,  explicou que os casos concretos deverão ser tratados diretamente pelo respetivo bispo, mas admitiu que o sacerdote pode continuar o seu ministério, desde que não tenha “vida dupla”.  “Tem de se verificar com o sacerdote em causa qual é a situação, qual é a disposição, com certeza também com as responsabilidades que tem de assumir em relação à criança que nasceu”, declarou.