Não há pré-pagamento para o novo Hospital, Governo da República paga 50% quando Governo Regional apresentar concurso internacional, diz Carlos Pereira

Carlos Pereira novo hospital
Não há obras pagas em pré-pagamento, diz Carlos Pereira.

“O Governo da República vai cofinanciar 50% da obra do hospital quando o Governo Regional apresentar um concurso público internacional”. Foi assim que o líder do PS-Madeira explicou a polémica à volta do novo Hospital da Madeira, com várias posições de deputados na Assembleia da República sobre o assunto.

O líder socialista madeirense reiterou que não há no Orçamento de Estado obras pagas a pré-pagamento, referindo que se não há concurso público, não há pagamento”. Mostrou-se indignado com “as reações do PSD e do Governo Regional, que estão, sistematicamente, a constituir obstáculos à construção e ao cofinanciamento do novo hospital. O compromisso do PS é pagar 50% da obra do hospital, mas para isso o Governo da República exige que o Governo Regional faça a sua parte”, repetiu Carlos Pereira, clarificando “de uma vez por todas essa matéria” e frisando ainda que “o ano de 2017 está a terminar e o Governo Regional não fez a sua parte. Deste modo, deixou várias questões aos madeirenses, “era ou não possível já ter sido lançada em 2017 o concurso público internacional para a obra do hospital”. “Era ou não era possível garantir em 2017 a aquisição de todos os terrenos para a construção da obra do hospital”.

No entanto, diz, “o Governo Regional não orçamentou no seu Orçamento o dinheiro suficiente para essas expropriações, tendo orçamentado apenas 3 milhões de euros, quando, na verdade, as mesmas têm um custo de 25 milhões de euros. Isto demonstra que em 2017 o Governo Regional não tinha nenhuma intenção de lançar o concurso, nem ter os terrenos do seu lado”.

Carlos Pereira considera ainda pior: “O secretário regional da Saúde veio publicamente fazer uma conferência de imprensa, na sequência de uma reunião de grupo de trabalho sobre o hospital, dizer que em 2018 o Orçamento Regional vai ter 5 milhões de euros para as expropriações e em 2019 serão 13 milhões de euros”. No entender do socialista, isso significa que “o Governo Regional não tem nenhuma intenção de construir o novo hospital, neste mandato, uma vez que só está a pensar ter todos os terrenos do seu lado no final de 2019, colocando a maior expressão de verbas para as expropriações exatamente, no último ano, do seu mandato, por interesses eleitoralistas”.