Governo Regional quer dinheiro do Hospital sem dizer que tipo de obra vai fazer, denuncia o deputado socialista Luís Vilhena

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“Surpreendidos estamos nós com o facto de o Governo Regional ter confirmado já hoje o que Mário Centeno havia adiantado: Deixaram para 2019, ou seja, num hipotético segundo mandato o que era suposto começarem neste”., acusa Luís Vilhena.

Neste “ping-pong” sobre o novo hospital da Madeira, com os deputados eleitos pela Região na Assembleia da República a “medirem forças” para ver qual deles obriga o ministro a clarificar se há dinheiro ou não no Orçamento de 2018, oferecendo uma imagem que é tudo menos esclarecedora tanta a informação passada sem qualquer esclarecimento, surge agora o parlamentar socialista Luís Vilhena a dar a sua versão dos factos, na sequência de posições assumidas pelo PSD-M através de Sara Madruga.

Para já, o deputado socialista madeirense diz que há uma garantia: O único compromisso com o Hospital é o que está no Orçamento do Estado (OE)2017 e que vamos voltar a inscrever no Orçamento de 2018 exatamente com a mesma redação, ou seja, co-financiamento de 50% da República, depois de a obra estar devidamente orçamentada e em concurso público internacional”. E reforça: “O PSD quer dinheiro e ainda não disse que tipo de obra é, ainda nem sabemos se é uma Parceria Público Privada, por exemplo”.

Luís Vilhena acusou os deputados do PSD de serem “inábeis” no dossier do Hospital da Madeira. Diz que “todas as semanas perguntam se há dinheiro de Lisboa, quando o Governo Regional não fez o que lhe compete. E usam e abusam das palavras do Governo, deturpando-as para criar mais confusão e dizendo que o dossier voltou à estaca zero, só se foi o Governo Regional que assim pôs”, afirmou.

“Hoje o que o ministro das Finanças, Mário Centeno, disse é que só começa a haver dinheiro do OE depois de uma série de premissas que estão em estudo no grupo de trabalho, de que a senhora deputada tem conhecimento e que tanto quanto sabe só em 2019 é que o Governo Regional vai inscrever verbas no Orçamento da Região de 2019”, clarificou. “Não se percebe a surpresa da senhora deputada”, assumiu. “Surpreendidos estamos nós com o facto de o Governo Regional ter confirmado já hoje o que Mário Centeno havia adiantado: Deixaram para 2019, ou seja, num hipotético segundo mandato o que era suposto começarem neste”.  E elucidou: “O compromisso concretiza-se quando a Região tiver uma adjudicação no âmbito de um concurso público internacional da obra. Se for em 2018, haverá em 2018. Contudo , o Governo Regional acaba de anunciar que não pretende começar a obra durante este mandato”.