Crónica Urbana: a “guerra” dos seiscentos dias já começou…

Rui Marote
A “guerra” dos seiscentos dias já está em contagem decrescente.
O governo de Albuquerque tem 600 dias para ganhar a batalha final e demonstrar ao povo madeirense que valeu a pena votar PSD.
Porque é que Alberto João Jardim foi invencível durante 36 anos? Colocou luz eléctrica e água onde não existiam; abriu redes viárias, construiu escolas, centros de saúde, construiu uma Madeira Nova e o povo deu-lhe o voto…
Mas foi tudo bem feito? Claro que não! E quem não tem pecados que atire a primeira pedra.
Entretanto, Miguel Albuquerque já perdeu mais de metade do tempo de mandato. Não quis imitar o seu antecessor, e o resultado está aí.
Os militantes e simpatizantes dos sociais democratas estão descrentes; o tempo é escasso
para as promessas anunciadas.
Não querendo ser analista político, este novo governo terá de resolver três problemas.
Os transportes aéreos, para que os madeirenses tenham os mesmos direitos que os nossos vizinhos canários.
O ferry que continua em concurso ate 3 de Novembro, tendo até à presente data levantado o caderno de encargos 13 empresas.
E o hospital, que é de todas as três a “jóia da coroa”: até 2019 os madeirenses serão como São Tomé, só vendo para acreditar.
Durante o periodo eleitoral, terão de estar no terreno máquinas e obras em evolução, com os alicerces a nascer.
Esta “Santíssima Trindade” é o medicamento para esta enfermidade.
Basta somente crer firmemente e abdicar de outras reivindicações.
A juntar a tudo isto, é para resolver urgentemente a falta de medicamentos e de material cirúrgico, acabando com esta “chaga” no sector da Saúde, que serve de manchete todos os dias nos média.
Esta semana vivi o testemunho de uma octagenária impedida de ver há dois anos enquanto aguarda uma simples operação às cataratas.
Como iremos acabar com as listas de espera e colocar a zeros estas “pragas”?
Não faço ideia quantas pessoas aguardam essa cirurgia oftalmológica! O hospital não tem médicos suficientes e meios para essas intervenções.
Mas vamos calcular que existam cerca de duzentas pessoas. O governo abre um concurso nacional ou internacional para contratar três ou quatro médicos especialistas nessa área, operando diariamente cada médico, seis ou oito utentes. Num mês temos o problema resolvido.
O mesmo poderá passar por outras ciurgias mais complicadas.
Se assim acontecer a guerra dos 600 dias poderá ter vitória certa.