Se a Câmara não fizer intervenção de fundo no Monte não haverá arraial no próximo ano, alerta Idalina Silva a presidente da Junta

Idalina Silva pres. junta do Monte
Idalina Silva quer intervenção da Câmara no Monte até maio de 2018, caso contrário não haverá arraial do Monte no próximo ano.

A tomada de posse de Idalina Silva na presidência da Junta de Freguesia do Monte assumiu particular emotividade em função daquela que foi a tragédia de 15 de agosto no Monte, sendo esta a primeira vez que a responsável daquele orgão autárquico fala sobre o assunto publicamente depois do acontecimento. Para pedir uma intervenção urgente da Câmara do Funchal, uma  “intervenção de fundo” nas árvores, nos arbustos, nas escarpas da freguesia.

“Se não for feita uma intervenção de fundo, visível, nas árvores – não me peçam para identificar quais –, nos arbustos – não me peçam para identificar quais –, nos muros e nos muretos – não me peçam para os identificar – e em toda a zona que vai desde o Largo da Fonte passando pelos trilhos, passeios, caminhos, não haverá arraial do Monte no próximo ano” , alerta.

Dirigindo-se ao representante do presidente da Câmara Municipal do Funchal, presente na cerimónia que decorreu no Colégio do Infante, Idalina Silva deixou este aviso e diz que “os comerciantes temem pela sua segurança e dos seus e há pessoas que habitualmente passeavam no centro da freguesia e que depois do 15 de agosto não o conseguem fazer”.  Por isso insiste que “a intervenção da Autarquia na freguesia do Monte tem que estar concluída até maio e 2018”.

Mantendo um tom crítico direcionado para a Câmara liderada por Paulo Cafôfo, Idalina Silva aponta que “tal como na doença é preciso atuar na prevenção e não quando ela chega”. Por isso garantiu que “a Junta de Freguesia do Monte irá continuar a lutar, irá continuar a trabalhar na defesa da freguesia e na contínua procura da segurança dos cidadãos”.

“Em nome da população”, Idalina Silva elencou outras reivindicações dos cidadãos: a reabertura do caminho dos Tornos, que está interrompido há mais de um ano e não permite a passagem de autocarro; a intervenção na Antiga Estação de Comboios, um ex-libris da Cidade que sendo recuperada será impulsionadora do turismo; cuidado especial na discussão pública do PDM que irá restringir os índices de construção, impossibilitando em muitos casos a reconstrução; mais acessibilidades, nomeadamente a Estrada das Lajinhas.