Um comunicado do Nós Cidadãos dá conta de que “mais de um mês de iniciado o ano letivo, pouco (ou mesmo nada) mudou na escola pública da RAM de 2015 a 2017; se as transformações e reformas no sector da educação, ou melhor, no ensino em Portugal (e na região) tiveram um percurso de conquista no século XX, agora a estagnação e/ou letargia parecem dominar”.
Diz o partido que “as condições de trabalho deterioram-se, o número de alunos decresce a olhos vistos, a estabilidade e o valor da profissão de professor também estão em declínio acentuado, a função de preparar as novas e futuras gerações está hoje “muito cética”, triste, desiludida com presente e desanimada com o futuro. É preciso modificar rapidamente esta conjuntura”.

As denúncias são várias. E o Nós Cidadão elenca um conjunto delas, que coloca o setor com uma imagem de degradação: “Muitas das escolas e salas de aula da região falta quase tudo, isto é, desde vidros em janelas, pisos/pavimentos esburacados que é preciso substituir ou concertar, portas, armários, fissuras tapadas e a pintura de paredes, manutenção de elevadores que não funcionam, fechaduras em portas de salas de aula, quadros de sala de aula onde se consiga escrever, secretárias e cadeiras para alunos e professores em condições (pois as que existem estão totalmente danificadas pelo uso e tempo); sabemos que faltam computadores e projetores de vídeos – para além de outro material didático indispensável – e não é incumbência dos professores a sua aquisição; faltam máquinas fotocopiadoras e papel para as respetivas fotocópias; falta, por
várias vezes, papel higiénico nas casas de banho, quer dos alunos quer dos professores;
em suma, falta um conjunto de recursos financeiros para que as escolas possam ser
autónomas e adquirir aquilo de que precisam para funcionar como deveriam funcionar”.