O deputado do CDS-PP, Rui Barreto, esteve hoje de manhã junto à lota do Funchal para denunciar o “descontentamento” que tem existido entre os armadores e também dos comerciantes de peixe. Tudo porque, conforme disse, a lota “tem apresentado algumas anomalias no seu funcionamento”.

“É crescente a quantidade de peixe que não é disponibilizado na lota, para que os comerciantes possam adquiri-lo a preços mais baixos”, aspecto com o qual, disse, os consumidores também saem beneficiados. Rui Barreto denunciou uma prática de açambarcamento por parte da indústria, que, referiu, adquire o peixe aos armadores.

“Achamos que deve ser regulamentada uma quota para a lota do Funchal (…) para que o peixe que é disponibilizado na praça, pelos comerciantes de peixe, possa ser mais barato para todos os consumidores”, salientou.

A entrega de folhas da segurança social, segundo disse, constitui outro problema, pois é feita através da lota e preenchida depois de os armadores regressarem ao mar. Segundo informações de que o CDS dispõe, essa entrega não é feita na Segurança Social desde Maio passado. É uma situação “de enorme gravidade”, porque há um atraso de quatro meses na entrega destas declarações. Em caso de incapacidade ou de baixa médica dos integrantes das tripulações que se fazem ao mar, estes não sabem qual o tempo que descontaram, quantos dias e se estão aptos ou não a receber a devida compensação.

Por causa deste e de outros problemas, o CDS deu entrada hoje mesmo na Assembleia Legislativa Regional com um pedido de audição parlamentar ao secretário regional da Agricultura e Pescas, Humberto Vasconcelos.