Albuquerque quer ouvir candidatos no PSD sobre questões que a República não está a cumprir com a Madeira

miguel albuquerque
Antes de apoiar qualquer candidato à liderança do PSD, Albuquerque quer saber, primeiro, o que pensam sobre questões “consagradas na Constituição e que não são cumpridas” com a Madeira.

Miguel Albuquerque quer, em primeiro lugar, ouvir o que têm a dizer os candidatos à liderança do PSD, até agora Rui Rio, oficialmente apresentado, e Santana Lopes, que ainda não fez o anúncio oficial mas já assumiu a candidatura. O presidente do PSD-Madeira e líder do Governo Regional, em entrevista à Revista Visão, concedida antes da remodelação governamental na Madeira, reserva uma posição mais clara quanto a eventuais apoios para depois de ver aquilo que os candidatos pensam sobre “um conjunto de questões consagradas na Constituição que não são cumpridas”.

O importante, diz, “é saber qual a posição do futuro líder do PSD sobre transporte marítimo, a revisão do subsídio de mobilidade, diminuição das taxas de juro do empréstimo, quem vai pagar os subsistemas de saúde,  a posição sobre a autonomia fiscal ou o Centro Internacional de Negócios”. É sobre o subsídio de mobilidade que acentua a divergência com a República, sublinhando que “um madeirense não pode adiantar 300 ou 400 euros e esperar um mês para ser ressarcido. Temos que rever isso”, acusando a TAP de praticar “preços exorbitantes dentro do território nacional”.

Nesta entrevista, Albuquerque, escreve a jornalista que foi com risos, lembrou alguém que há dias disse que “ser líder do PSD é o pior emprego do País”. Sobre Passos Coelho, de quem é amigo, disse que a alternativa à saída era ser flagelado até 2019. Lembra que Passos ganhou as legislativas e “por uma circunstância antinatura, foi formando um governo à esquerda, com riscos para o país. O que falhou não foi propriamente o exercício dele no poder, mas a passagem à oposição, era muito difícil”.

Para o presidente do Governo Regional, não faz sentido um Bloco Central. Diz que “só existe hoje um bloco monolítico, hoje, que é o PS. Tem tudo. O único lugar onde não governa é na Madeira”.