Prosseguem no dia 13 do corrente mês, pelas 18 horas, no foyer do Teatro Municipal Baltazar Dias, as denominadas “Conferências do Teatro: Madeira de A a Z”. Desta feita, subordinadas à temática do Dia Mundial da Música, celebrado no passado dia 1 de Outubro. Os oradores convidados são Paulo Esteireiro e Rui Camacho.
Paulo Esteireiro fará uma alocução sobre a temática da música na Madeira, que parece manifestar forte ligação da ilha à cultura europeia, com especial ênfase numa identidade marcadamente portuguesa mas com traços de outras culturas, tais como a holandesa, a italiana, a espanhola, a inglesa, a alemã, a francesa, a brasileira e de outras nações que tiveram fortes relacionamentos económicos e culturais com Portugal e com a Madeira.
Nos últimos 40 anos, sustenta, assistiu-se à reforma de várias estruturas culturais e educativas ligadas à música, sendo de destacar a adopção de importantes medidas que vieram facilitar a fundação de associações culturais de índole musical, bem como o rejuvenescimento de antigas colectividades, tais como bandas filarmónicas, coros, grupos de folclore e grupos de bandolins. “Instituições como o Conservatório-Escola Profissional das Artes da Madeira e o Gabinete Coordenador de Educação Artística funcionaram como os dois pilares educativos que permitiram o aumento do número de praticantes, bem como o desenvolvimento das competências musicais de todos os envolvidos na cultura musical madeirense”, refere um comunicado da CMF, reflectindo a posição deste investigador, que trabalha precisamente na DSEAM, o antigo GCEA.
Já Rui Camacho debruçar-se-á sobre os instrumentos musicais populares.
Na Região existe uma série de instrumentos que podem ser encontrados em todo o país (…) mas que na Madeira encontraram uma combinação particular com os instrumentos oriundos do noroeste. Como é natural, a criatividade local encontrou forma de responder às suas necessidades através de criações próprias. Como é o caso, entre muitos outros, do Brinquinho e do Bexigoncelo, este último, uma criação de Manuel Teixeira de Mendonça, natural do norte da ilha e que costumava percorrer as diversas festas da freguesia cantando e tocando e que para se fazer acompanhar criou este instrumento composto, inicialmente, por uma tábua de pinheiro fixada a uma bexiga, onde uma tripa de porco fazia de única corda, refere a nota de imprensa emanada do Teatro Municipal.