Campeã do mundo pela quinta vez no bodyboard quer defender o título

Neymara Carvalho, uma atleta de alta competição, sempre na luta. Foto DR.

Neymara Carvalho tem 41 anos e é uma lenda no nundo do bodyboard. Apelidada afetuosamente de “rainha” pelas atletas femininas presentes no Bodyboard Girls Experience, que decorre neste momento na Madeira, a campeã mundial, pela quinta vez, venceu este evento na Região em 2016 e este ano está apostada em repetir o triunfo.

“Gosto muito deste campeonato por se tratar de uma etapa dedicada apenas ao bodyboard feminino e isso valoriza muito a nossa categoria. Nós temos atletas de alto nível e é a oportunidade de mostrar o nosso talento”, declara a atleta brasileira, mudando depois o foco para a sua ambição pessoal e espírito competitivo que também é uma das suas marcas registadas: “A ilha é muito bonita e é sempre um prazer regressar, mas este ano estou a defender o título, então quero poder fazer uma boa prestação. Depois, estão previstas boas ondas na competição, por isso é uma grande alegria para todas as competidoras.”

 Neymara está de regresso em força este ano depois de um período de alguns anos de afastamento do bodyboard ao mais alto nível. A atleta foi mãe e fez uma incursão na política do seu Estado, Espírito Santo. Mas este ano está de volta em força, tendo vencido no Chile, em Antofagasta, a terceira etapa do circuito feminino (antes tiveram lugar Pipeline, no Havai, e Itacoatiara, no Brasil).

 

Então qual o segredo da longevidade da “Rainha”?:

“Acho que é o amor que tenho pelo desporto e querer estar aqui. Sou uma atleta muito competitiva e para estar aqui, a este nível tenho de treinar muito. Depois, uma coisa puxa a outra. Estas jovens atletas, a sua jovialidade, as manobras novas…tudo isso faz com que olhe para o passado, me reveja nelas, e queira manter-me actual. Em casa, treino muito e uso a experiência e a bagagem de tantos anos neste desporto para tentar desequilibrar as coisas a meu favor na competição”, explica a atleta.

Mas o papel de Neymara vai além da competição, já que o seu estatuto lhe dá uma responsabilidade maior. Algo que a campeã brasileira não nega.“Sinto muito esse papel. Vou em alguns lugares e me pedem para participar em inicativas de divulgação da modalidade; no Japão pediram-me para fazer um ‘clinic’ de bodyboard, no Chile a mesma coisa, então é muito gratificante ter esse respeito por parte dos elementos do circuito mundial e das pessoas que admiram este desporto, e estou aqui para poder fazer com que o futuro seja um pouco melhor. Quero, além de ser campeão, porque sinto que ainda sou capaz disso, contribuir para o desenvolvimento desta modalidade que eu amo.”