Começa hoje a campanha eleitoral para as Autárquicas de 1 de outubro.
Os candidatos estarão mais atentos ao que dizem os outros, a comunicação social, o Povo (dizem eles!).
Mas “vozes de burro não chegam ao céu”.
A expressão popular aplica-se a quem nos deseja mal ou profere imprecações ou maldições contra nós.
E, nestas alturas de campanha, querer o “mal” do outro é desejar que cometa uma gaffe, um deslize linguístico, uma ‘bronca’ que possa ser utilizada a nosso favor.
Mas atenção aos que recorrem a situações infundadas ou gratuitas com intenção de ofender ou melindrar o próximo.
Reza um outro provérbio popular que “Quem se ri do seu vizinho, o seu mal vem pelo caminho”. Ou “quem ri por último, ri melhor”.
O Estepilha cita outros provérbios bem condizentes com a campanha que hoje começa:
-Quem vai à guerra dá e leva.
-Quem semeia ventos colhe tempestades.
-Quem espera sempre alcança.
-Devagar se vai ao longe.
-Quem foi ao mar perdeu o seu lugar.
-Quem tudo quer tudo perde.
-Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar.
-De grão em grão enche a galinha o papo.
-Faz o que eu digo não faças o que eu faço.
-Quando a esmola é muita o pobre desconfia.
-Quando um burro fala os outros baixam as orelhas.
-Mais vale um pobre bem governado do que um rico desmazelado.
-Antes quero burro que me leve, do que cavalo que me derrube.
Depois das eleições, do canto do cisne, veremos quem colocou a carroça à frente dos bois, quem ficará a chupar nos dedos, quem irá dar a mão a palmatória, quem irá ter memória de elefante e reconhecer “antes só do que mal acompanhado”, quem terá estômago de avestruz, lágrimas de crocodilo, quem irá chorar sobre o leite derramado ou remar contra a maré.
Síntese: Deus escreve certo por linhas tortas e um dia é da caça, o outro é do caçador.