Todos aos anos, no terceiro domingo do mês de setembro, realiza-se a Festa de Nossa Senhora da Piedade, no Caniçal.
A imagem da Virgem pernoita na igreja matriz e volta para a capela situada no alto do monte, debruçada sobre o oceano e a marina da Quinta do Lorde.
A capela foi construída no monte Gordo ou da Piedade, a 4 km da antiga igreja paroquial. A construção da primitiva capela remonta ao século XVI.
Segundo reza a tradição, foi resultado de um voto de pescadores daquela localidade que, vendo o seu navio prestes a despedaçar-se contra os rochedos da costa, prometeram erigir no cimo do monte uma pequena capela dedicada à Virgem Maria.
Embora Nossa Senhora da Piedade não seja a padroeira do Caniçal -o padroeiro do Caniçal é São Sebastião, festejado em janeiro- é a festa da Senhora da Piedade que mais mobiliza locais e forasteiros.
À festa acorrem muitas pessoas, vindas dos mais diversos locais da ilha, para cumprir promessas.
Diz-se que é a festa que fecha os grandes arraiais do verão madeirense.
A devoção desta festa de ação de graças começa no sábado quando os peregrinos vão buscar a imagem à capela no cimo do monte e esta pernoita na igreja matriz do Caniçal.
No dia seguinte, domingo, hoje, após a Missa, é realizada uma procissão de barco, onde os peregrinos deslocam-se pelo mar para repor a imagem na capela de Nossa Senhora da Piedade.
A “procissão no mar” repetiu-se hoje com muitas traineiras e um barco sorteado para transportar a imagem de Nossa Senhora entre a igreja matriz e a Capela
Este ano, essa missão de transportar o andor coube ao barco de pesca “Ponta Calhau”.
A embarcação de pesca pertence aos armadores João Nuno Alves e Artur Baptista.
Nesta e noutras missões, o “Ponta Calhau” é comandado pelo mestre Manuel Alves Sousa.
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