CDS-PP acusa Câmara do Funchal de “falhas clamorosas” na revisão do PDM

Candidato do CDS-PP à Câmara do Funchal, Rui Barreto, promoveu esta tarde uma reflexão pública sobre a revisão do Plano Director Municipal do Funchal (PDM), junto à Fortaleza do Pico.

A revisão do PDM que a vereação Confiança está a desenvolver enferma de “falhas clamorosas”. A conclusão é do candidato do CDS-PP à Câmara do Funchal, Rui Barreto, que esta quinta-feira promoveu uma reflexão aberta ao público sobre a atualização do Plano Director Municipal do Funchal.
Segundo Rui Barreto, o PDM assenta numa cartografia de 2005, o que significa que hoje existem casas no Funchal que não fazem parte do documento em revisão, além de que muitos dos dados estatísticos foram trabalhados com base nos censos de 2011. “Quer dizer que não tem atualizados os dados referentes a populações, habitações e atividades económicas”, sublinhou, alertando ainda para o facto de o Funchal ter um número significativo de construções de génese ilegal.

As recentes tragédias que têm assolado o Funchal nos últimos anos, com aluviões e incêndios, fazem o candidato questionar por que razão o PDM não está integrado no Plano da Proteção Civil, indicando zonas de intervenção, zonas tampão, bocas de incêndios.

A ocasião foi aproveitada por alguns munícipes para colocar questões aos dois convidados, os arquitetos Roberto Rodrigues e Jorge Leão, o que, no entender de Rui Barreto, é demonstrativo da falta de informação esclarecedora sobre um documento estratégico para o Funchal.

O candidato centrista acabaria mesmo por criticar o momento escolhido pela autarquia para colocar o PDM em discussão pública, considerando que a importância do documento aconselharia a que análise não se fizesse em cima de um período eleitoral. “Mas já que essa foi a decisão da Mudança, então as sessões públicas deveriam ter-se realizado em todas as freguesias”.

Rui Barreto fez questão de excluir das críticas os técnicos e profissionais das empresas que colaboraram na revisão do PDM, lembrando aquele documento “foi metido na gaveta durante quatro anos” pelo actual presidente da CMF, pelo que esperaria um Plano “mais sério, rigoroso e ao serviços de todos os funchalenses”.