É verdade que neste momento os cidadãos estão mais atentos ao que se passa com as árvores, onde quer que elas estejam, mesmo que algumas delas pareçam inseguras e não estejam. Depois dos trágicos acontecimentos no Dia do Monte, no Largo da Fonte, com mortes a lamentar e feridos ainda por recuperar totalmente, têm sido inúmeras as situações que tanto o Funchal Notícias como outros orgãos de informação têm dado conta, no Funchal e noutros concelhos, que de alguma forma alertam as entidades, regionais e locais, para determinadas realidades. A segurança ou não das situações relatadas, cabe a quem tem responsabilidades de averiguar.
Ontem, no Porto da Cruz, na zona balnear e muito perto das instalações sanitárias, numa área de passagem para o engenho, com muitas pessoas a circularem face à grande afluência de visitantes, para mais tratando-se do mês de agosto e domingo, pudemos constatar a existência de uma palmeira, curiosamente aquela que se encontra mais perto da zona de passagem, que tem um pequeno barrote a segurá-la, desconhecendo-se se realmente está em perigo e se houve necessidade de salvaguardar eventuais problemas. Salvaguardar é como quem diz.
A questão que muitos populares colocam é simples: se alguém sentiu necessidade de segurar a palmeira é que existiam dúvidas sobre se a queda poderia estar iminente. E sendo isso, porque não optar pelo corte como forma de estancar outros problemas que possam advir da situação atual, evitando correr riscos desnecessários caso a palmeira, mesmo com o barrote a protegê-la, possa precipitar-se sobre o teto da passagem, que numa situação dessas desabaria face à dimensão da palmeira.
Além disso, embora não tão grave como a que relatámos atrás, a zona está pouco aproveitada. Tem um bar a funcionar, é certo, mas o parque infantil foi retirado e a zona em frente tem um espaço alargado que serve de circulação de pessoas mas cuja manutenção deixa muito a desejar. E se falarmos das instalações sanitárias, parece mais próprias de uma zona de “guerra”. Partes dos compartimentos não têm portas, nota-se alguma consequência provável de atos de vandalismo, mas a verdade é que aquele espaço parece não ter manutenção há anos, independentemente de quem é ou não responsável.
