Governo “remata” ao lado e tarda em abrir concursos previstos na Lei de Meios para segurar escarpa que oferece maior perigo na Calheta

Os taxistas junto ao Onda Parque, na Calheta, consideram que o perigo espreita mais deste lado, com a queda permanente de rochas, do que do lado da marina.

O perigo de queda de pedras na marginal do centro da Calheta continua a suscitar grande preocupação na população e nos agentes económicos locais, sem soluções concretas à vista para a área de maior sensibilidade.

Segundo o FN apurou junto de quem conhece bem o meio, taxistas, comerciantes e habitantes locais, a zona mais sensível e com maior risco de queda de rochas nem é aquela que se situa junto do porto de recreio das Calheta, onde caiu ontem a pedra que danificou uma viatura particular. O perigo iminente localiza-se na zona entre o parque de estacionamento Onda Parque, junto à paragem dos autocarros até à vila da Calheta. Curiosamente, ao que asseguram a este jornal, apesar de estar previsto na Lei de Meios a abertura de dois concursos para as obras de consolidação destes taludes, o Governo Regional ainda não deu sinais de avançar com o processo.

Na sequência da notícia avançada ontem por este jornal, da queda de uma pedra na rua D. Manuel I, junto aos Apartamentos “Beira-Mar”, na zona sobranceira ao Porto de Recreio, eis que o Governo Regional  terá desbloqueado o concurso de consolidação desta escarpa, num total de 4 milhões de euros, conforme noticiou hoje o JM. No entanto, ao que nos garantem, nomeadamente os taxistas desta zona e comerciantes,”este concurso sempre esteve em andamento. O que não avança é o essencial, ou seja, os dois concursos previstos na Lei de Meios para segurar a escarpa da zona que oferece maior perigo, isto é, a zona comercial que engloba o parque de estacionamento e apartamentos “Onda Parque”, Pingo Doce e demais unidades comerciais”. Na verdade, há um ano, a grande derrocada aconteceu justamente nesta área, mais precisamente na cobertura do Edifício Onda Parque, onde está também implantado o supermercado Pingo Doce, onde afluem diariamente centenas de pessoas.

 

Área onde caiu a pedra, ontem, que atingiu viatura. Uma zona instável mas ainda não é a pior.

Aliás, a tese mais defendida pelos habitantes da zona é a de que “o Governo Regional deveria fazer uma intervenção estrutura e total das escarpas sobranceiras à marginal da Calheta, de uma ponta a outra, em nome da segurança de todos” e não de forma parcelar.