*Com Emanuel Silva
Após ter assassinado a mãe e a irmã, e ferido gravemente o pai, o suspeito homicida, Emiliano Martins, ironicamente foi beber cerveja para o bar “Contradições”, junto ao cemitério de Santana. Quem o diz são os vizinhos que estão estupefactos com um crime tão hediondo.
Manuel e Ana Martins são os pais do alegado homicida que terá tirado a vida com recurso a uma arma de fogo. Encontravam-se emigrados em Paris e estavam a passar um curto período de férias na Madeira, em família. A irmã do homicida, Ana Martins, residia em Faro e estava também de férias.
No momento em que o FN e demais jornalistas colhiam informações no local, elementos da Polícia Judiciária estavam a registar dados dos vizinhos que repetiam as mesmas informações, procurando o paradeiro da possível arma do crime e demais indícios. Como é natural nestes casos de crime violento, as informações e contra-informações circulam a uma velocidade estonteante, desconhecendo-se para já o verdadeiro leit motiv do crime.
Ao que o FN apurou junto dos vizinhos, a família terá decidido ir ao arraial de São Jorge, na noite de ontem. O homicida terá preferido ficar em casa, tendo saído o sobrinho Emanuel com os amigos. Este regressou a meio da festa a casa, para buscar a carta de condução, que se esqueceu em casa, e foi quando se confrontou com a tragédia: os corpos da avó e da mãe assassinados na cama e o avô também ferido e inconsciente, tendo contactado imediatamente a PSP de Santana que acudiu ao local.
Pouco depois da meia noite, a PSP deteve o homicida e o pai foi conduzido ao hospital na ambulância.
No centro de Santana, a população despertou entre o horror e a estupefação. Nada fazia prever semelhante crime no centro da freguesia. Para uns, terá sido premeditado pelo próprio Emiliano Martins, mas outros rejeitam a mesma hipótese, alegando ser um rapaz pacato e sereno, tendo algo despoletado tão grande onda de violência.
As autoridades investigam e os vizinhos esperam que Manuel Martins resista aos graves ferimentos.