Construção privada de apartamentos nos Barreiros provoca descontentamento nos moradores

As escavadoras estão a preparar o terreno para a obra, enquanto os moradores desesperam com o barulho. Foto DR.

Uma obra que está em início de construção junto à Escola Gonçalves Zarco, no Caminho da Fé (Barreiros), está a levar ao desespero os moradores que acordam logo pelas 08h00 com o barulho contínuo de duas máquinas escavadoras e o movimento de camiões a entrar e sair.

O investimento imobiliário é da empresa Socicorreia e, em nome do desenvolvimento, destroem-se as bananeiras, para privilegiar o betão, numa construção, de segunda a sábado, em plena época estival, sem tréguas aos muitos habitantes da zona que fizeram chegar o seu protesto ao FN e que já alertaram a Câmara Municipal do Funchal para o problema.

Os habitantes reconhecem que ninguém vive apenas do verde e da ecologia e que o progresso é inevitável. Mas pasmam com o ritmo de uma obra que, logo pelas 08h00, “martela” os ouvidos e obriga a levantar da cama quem, por vezes, se deita noite dentro após o trabalho e até mesmo em tempo de férias. Ao que indica, nada a fazer: a obra é para ser executada e quem está à volta que se adapte ao ritmo do desenvolvimento.

Segundo uma notícia sobre este investimento já divulgada pela RTP/M, a cidade terá 90 apartamentos e a construção terá reflexos no Funchal, conformou explicou o presidente Paulo Cafôfo, porque permite a criação de um novo arruamento que permitirá a ligação entre duas estradas nos Barreiros (zona oeste da cidade), onde se situa o estádio do Clube Sport Marítimo, e uma escola secundária. Para  Paulo Cafôfo, a obra é importante não só para o novo arruamento e consequente resolução do problema de congestionamento de trânsito como também dotará a zona de meia centena de estacionamentos.

Os moradores reconhecem as mais-valias do investimento mas insistem em questionar o timing desta construção.