Gil Canha critica tanque de gás sobre a Ribeira de João Gomes

A coligação “Funchal Forte” esteve esta manhã junto do Edifício Anadia, para denunciar “o desleixo e negligência grave da actual administração camarária de Paulo Cafôfo, relativamente à segurança da cidade e dos seus cidadãos”. A razão? A persistência de um tanque de gás sobre a Ribeira de João Gomes, frente ao centro comercial.

No tempo da administração camarária de Miguel Albuquerque, disse o ex-vereador da CMF Gil Canha, “foi permitida a instalação criminosa de um tanque de gás sobre o leito da Ribeira de João Gomes, para fornecer energia a um edifício de conhecidos empresários do regime. A Câmara albuquerquiana licenciou o Edifício Anadia com tal excesso de construção que não restou espaço para instalar o tanque de gás, e a solução, na altura, foi ceder um espaço público para os privados montarem uma infraestrutura perigosa, ainda para mais, numa zona de alto risco”, criticou, recordando que, aquando da aluvião de 20 de Fevereiro de 2010, o tanque foi parcialmente danificado, o que causou alarme e inquietação pública.

“Em 2011 foi construído no Jardim do Campo da Barca, mesmo em frente ao Comando da Polícia, um tanque de gás que iria servir para substituir este, que é um verdadeiro barril de pólvora em cima da ribeira. Mas nem Miguel Albuquerque nem Paulo Cafôfo mexeram uma palha para resolver este problema que ameaça a cidade” acusa Gil Canha.

“Enquanto os cidadãos são bombardeados todos os dias com propaganda oca e populista, os problemas mais graves da cidade são remetidos para segundo plano. Não se compreende como é que passados seis anos após a construção de uma alternativa mais segura a Câmara Municipal e o Governo continuem a negligenciar um assunto tão importante. Isto só tem um nome – incompetência!”, fulminou.

Para o candidato desta coligação à edilidade funchalense, nem “mentiras nem falsos argumentos” justificam a “preguiça institucional da autarquia”.

“Transmitiram-me que a razão para a Câmara não ter actuado ainda, é porque ainda não se iniciaram as obras na Ribeira de João Gomes. Ora isto é uma falácia escandalosa, porque o pequeno pipeline em miniatura que irá ligar o tanque de gás, actualmente situado na Rua da Infância, até o edifício Anadia tem de ser obrigatoriamente montado afastado dos muros da ribeira e na zona onde ele cruzará com o canal, e terá de ter válvulas de segurança em ambos os lados, para conter o gás em caso de ruptura” argumentou.

Por essa razão, Gil Canha suspeita que “provavelmente os tais empresários do regime não querem gastar dinheiro e estão à espera dos dinheiros públicos para resolverem um problema que é deles. E o que esta Câmara tem feito até agora é precisamente proteger os grandes interesses e por isso não querem mexer no assunto”, concluiu.