PDR lamenta ‘jogo do empurra’ no subsídio de mobilidade

O líder regional do PDR, Filipe Rebelo, volta a criticar o Governo Regional, e o seu secretário Eduardo Jesus, por causa das viagens entre a Madeira e o continente.

Em causa está a entrada em vigor, há quase dois anos, do subsídio de mobilidade, sem que nada tenha sido feito para alterar o que está mal no acordo entre a Região e o Governo da República.

«Basta de dizer que a culpa é do governo da República, que não está a cumprir com o acordo», revela Filipe Rebelo em comunicado.

Aliás, se assim é, «porque é que o governo Regional ainda não reclamou na Europa que a República não está a cumprir o acordo firmado com a Região, quer com o subsídio de mobilidade quer com o serviço público». Sim, porque «com viagens aos preços que estão a ser praticados pela TAP, e por arrasto pelas outras duas companhias que viajam para a Região, uma desde Lisboa e outra desde o Porto, não se pratica serviço público, como nunca se respeitou a constituição, que defende a continuidade territorial».

É tempo, diz Filipe Rebelo, dos responsáveis por esta situação «enfrentarem com verdade e seriedade esta questão» que está a prejudicar os madeirenses em geral e em particular aqueles que têm ou vão ter filhos a estudar fora da ilha e que só neste período terão de ir uma ou mais vezes ao continente para procurar casa e efectuar matriculas. Além disso, há ainda a situação dos doentes que muitas vezes viajam com marcações de última hora e que não têm outra saída senão pagar as quantias pedidas.

Para o PDR «basta de explicações e choradinhos» de quem tem o dever de fazer mais por esta questão. «Os madeirenses merecem mais e não se pode admitir que, passado este tempo, só se saiba de concreto que o subsídio atribuído para as viagens já ultrapassou os 24 milhões de euros». Filipe Rebelo diz mesmo que «é tempo deste governo e deste secretário fazerem mais por esta situação. Afinal, temos deputados na AR, temos deputados na UE, temos o presidente da República e por isso é tempo de exigirmos mais aos eleitos. Basta de justificações de que vão cartas e emails e não se sabem respostas. O que me leva a duvidar de tanta correspondência sem resposta».

Por fim Filipe Rebelo salienta que o seu partido vai continuar atento a esta situação, denunciando todas as injustiças que estão a ocorrer com o subsídio de mobilidade e o aproveitamento das companhias aéreas, principalmente com a TAP que tem obrigações de serviço público para com os madeirenses.