Funchal é palco da exploração de pedintes de nacionalidade estrangeira

Rui Marote
Ultimamente o Funchal tem sido palco da exploração de seres humanos, através da sua deficiência, para obrigá-los à mendicidade, sob condições que revoltam todos quantos contemplam este “negócio”.
Era já habitual, na quadra natalícia, a presença destes novos visitantes, oriundos na sua maioria da Europa de Leste e em especial da Roménia, em cadeiras de rodas ou no chão, no caminho das pessoas, exibindo a sua diferença em troca de umas moedas.
Estes cidadãos europeus não chegam à Região por obra do “Espírito Santo” ou descem dos céus por arrebatamento. Não chegam à Madeira nem de eléctrico, nem de comboio, nem de autocarro  nem de barco.
A sua porta de entrada é o aeroporto. Vêm acompanhados de managers  que exploram estes seres humanos como se fossem animais domésticos a exibir no circo.
São colocados em diversos pontos da cidade logo às primeiras horas da manhã, antes do comércio abrir. Não dizem uma palavra em Português, embora a língua romena tenha algumas palavras idênticas ou parecidas.
O Funchal Notícias presenciou, numa altura que não estava munido da preciosa maquina fotográfica, o reabastecimento de um dos pedintes sediados junto às lagoas à entrada do cais, a receber o seu saco do MacDonalds, com hambúrgueres.
Estes homens são descaradamente explorados. Alguns deles permanecem ao sol horas e horas, sem “licença” sequer para ir à casa de banho, tomar um cafezinho ou ir comer, como se vê.
O que questionamos é se este tipo de exploração da mendicidade organizada não é fiscalizada por nenhuma autoridade, como o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras… Esta exploração do ser humano é revoltante para todos os que a vêem.
Outros, mais afortunados, e que não são portadores de deficiência, tocam acordeão em cada esquina. Até aí, tudo bem. Tocar música na rua não faz mal a ninguém. Ouve quem quer, e deita uma moeda quem gosta ou quem se condoer da condição do músico.
Mas não serão também estes alvo de exploração organizada? À atenção das autoridades.