‘Porto Santo Sempre’ preocupado com a situação da Saúde, com o aproximar da época alta

O movimento ‘Porto Santo Sempre’ está preocupado, pois refere que reuniu-se em Fevereiro com o secretário regional de Saúde, Pedro Ramos, levando-lhe múltiplos alertas e sugestões, mas “continua tudo na mesma forma”. Ao aproximar-se a época alta na ilha, o sistema de saúde continua a não corresponde à qualidade exigida pelos residentes, e muito menos por quem visita o Porto Santo, salientou.

Entre as sugestões para o Centro de Saúde, apresentadas por este movimento, está a criação de uma lista própria de marcação de exames, de consultas de especialidade e de cirurgias para os habitantes da ilha do Porto Santo, estabelecendo prioridades, ou seja, separar os utentes do Porto Santo dos da ilha da Madeira, a fim de tornar o serviço mais eficiente e rápido; a organização do serviço nas consultas do médico de família e de especialidades; a utilização de triagem no serviço de urgências, não se limitando a funcionar o atendimento por ordem de chegada; um sistema  de alerta em caso de anomalia grave nos resultados do serviço de análises, a fim de se estabelecerem prioridades e encaminhamento rápido ao médico de família do utente: a revisão da especialidade de terapia da fala, tendo em
conta o aumento do número de casos a necessitar da intervenção de um profissional desta área; a introdução da especialidade de pediatria no Centro de Saúde, sendo que actualmente a sua presença no Porto Santo “é escassa ou nenhuma”; uma parceria entre os serviços de Saúde e os Bombeiros Voluntários do Porto Santo, para melhorar o transporte dos doentes não urgentes; a melhoria dos tempos de espera nas consultas de especialidade no Porto Santo; o estabelecimento de um plano para minorar o sofrimento dos doentes oncológicos no Porto Santo: o transporte adequado e o direito a acompanhante são fundamentais, tal como a eficácia e a prontidão nas consultas e nos exames, tornando os diagnósticos mais rápidos, com o objetivo de salvar vidas; acautelar a introdução da especialidade de geriatria no Centro de Saúde, dado o envelhecimento da população; incentivar a partilha de dados entre os médicos de família e os de especialidade, com objectivo de reduzir custos, evitar transtornos ao utente, facilitar os diagnósticos e os tratamentos; regularizar os reembolsos, que estão muito atrasados; acautelar a quantidade medicamentos e materiais acessórios necessária no serviço do centro de saúde; salvaguardar o regresso dos evacuados de urgência através dum plano prático; e finalmente, a necessidade de um dentista no Centro de Saúde, sendo que actualmente não existe nenhum. “Seria benéfico pensar na hipótese de criar uma parceria no intuito de reduzir custos e simplificar o serviço para os utentes”, refere o ‘Porto Santo Sempre’.