Miguel Sousa apontou baterias à TAP e à sua atitude para com os madeirenses, hoje na ALRAM

Fotos: Rui Marote

A sessão plenária desta manhã na Assembleia Legislativa Regional ficou marcada por uma intervenção do deputado Miguel de Sousa, que apontou baterias à transportadora aérea nacional para comparar os preços dos voos internacionais com aqueles que se verificam entre a Madeira e o continente em múltiplas datas, demonstrando que é mais barato viajar internacionalmente na TAP do que entre a Madeira e o continente.

Abordando o papel da TAP “no nosso contexto económico e social”, Miguel de Sousa considerou que a companhia é hoje “um mero operador comercial em mercado concorrencial selvagem com total desprezo e sem a mínima sensibilidade para as carências, muitas vezes de natureza imprescindível e desesperada, dos portugueses da Madeira”.

Miguel de Sousa considerou que a TAP, companhia de bandeira, com responsabilidades e obrigações de serviço público, “não devia descriminar os passageiros remetendo os residentes [na Madeira] para um estatuto secundário”, enquanto oferece regalias aos que usufruem de voos internacionais, que até contemplam a permanência de três dias em Lisboa ou no Porto e usufruir de descontos em restaurantes.

Miguel de Sousa também criticou taxa de turismo de Lisboa que atinge os madeirenses que se deslocam à capital e ficam “numa pequena pensão”.

O parlamentar social-democrata comparou o que acontece com a promoção da TAP nas Canárias, um destino que concorre directamente com a Madeira, oferecendo preços muito inferiores aos que os madeirenses têm de pagar.

Miguel de Sousa disse que a TAP, “cobra o preço por milha mais caro de todas as suas rotas e ainda recebe 55 milhões de euros de subsídio”. E acusou o Governo da República de ser conivente numa situação que penaliza de forma inqualificável os madeirenses.

A atitude da TAP em relação às Canárias, promovendo aquelas ilhas, foi considerada por Miguel de Sousa “uma desfaçatez e ignomínia sem perdão! Uma fraude económica. Uma aldrabice pegada para tirar turismo nacional da Madeira e levá-lo para as ilhas espanholas”.