*Com Diana Ferraz e Isabel Margarida Silva
A reunião camarária que decorreu no passado dia 8 de junho ditou a mudança do emblemático Mercado dos Lavradores. Resta entender o que aqueles que praticam a sua atividade laboral neste espaço sentem em relação a esta remodelação. De uma forma geral, os entrevistados pelo FN aprovam a mudança.
O Funchal Notícias procurou auscultar as opiniões e questões daqueles que são diretamente atingidos por esta esta mudança. Marco e Tiago, vendedores de produtos hortofrutícolas dizem já saber da reabilitação deste espaço e afirmam estar contentes. Tiago admite que ‘’ as mudanças devem ser feitas de tempos em tempos para que assim se consiga corresponder às necessidades e expetativas daqueles que frequentam o Mercado’’.
Por outro lado, consideram pertinente referir que há espaços que não são devidamente ocupados com lojas que vendam produtos típicos da ilha. A opinião de ambos sobre a abertura de novos postos de trabalho é a de que não irá afetar aqueles que já lá estão há mais tempo. ‘’A concorrência é saudável e faz com que os produtos e serviços se tornem cada vez mais e melhores”, assume Tiago.
Faltam é estacionamentos
O que não deixa Marco indiferente é também o facto de achar que o Mercado é pouco frequentado pelos madeirenses devido à ‘’falta de estacionamentos periféricos’’. Um dado lamentável. De resto, o negócio correr bem. Marco e Tiago, embora ‘’rivais’’, frisam que o que os difere dos outros stands é a qualidade do produto que vendem e os serviços que prestam aos clientes.
Mas não há unanimidade de opiniões. Álvaro Janeira, um jovem vendedor, afirma não ter sido informado de que o Mercado iria sofrer algumas alterações e acha que esta mudança ‘’não vai ser positiva pois o Mercado deve manter-se tradicional, embora a sociedade esteja a evoluir.’’. No entanto, precisa que a abertura dos novos 11 espaços ‘’não vai ser prejudicial, pois há clientes para todos.’’. Na sua opinião, ‘’os madeirenses continuam a frequentar o Mercado, pois é um hábito e as pessoas têm uma maior segurança ao comprar os produtos por não sofrerem alterações”.
Numa sexta feira de movimento típico, o FN deixou os comerciantes a venderem o seu “peixe”, desta feita com um Mercado de “cara” refrescada. Os consumidores, apressados para despacharem as compras da praxe, querem é o produto fresco e a cheirar a Mercado dos Lavradores.