28 de maio é dia consagrado à saúde das mulheres

O Secretariado Regional da UMAR-União de Mulheres Alternativa e Resposta emitiu hoje um comunicado lembrando que a 28 de Maio comemora-se o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna.

Eis o teor do comunicado:

“Em Portugal, só a partir de 1987 é que se passou a comemorar o Dia Internacional pela Saúde da Mulher, a 28 de Maio. Esta data visa alertar a população para a desigualdade que existe entre Mulheres e Homens no acesso aos cuidados de saúde e pela promoção de acções de sensibilização e importância da saúde feminina e do acompanhamento médico a todas as Mulheres. Também é um alerta para os sintomas de doenças específicas do sexo feminino e para a necessidade de uma higiene diária e cuidada.

Nos Países em vias de desenvolvimento, lamentavelmente, há muitas Jovens Mulheres que são vítimas de discriminação no acesso aos cuidados de saúde com base em factores sócio-culturais. Mesmo que seja uma vez por ano, o dia deve ser lembrado aos Governos, às Agências Internacionais e organizações civis ou outras entidades, para que se unam na promoção da saúde feminina.

O Núcleo Regional da União de Mulheres Alternativa e Resposta – Madeira, considera que o dia 28 de Maio é de extrema importância para as Mulheres, porque a data marca duas lutas, a Internacional e a Nacional, pela saúde feminina. Ambas têm o mesmo objectivo: chamar atenção para a consciencialização da sociedade para os diversos problemas de saúde e distúrbios comuns na vida das Mulheres.

Segundo os censos de 2011, as mulheres são a maioria da população na Região, representam 52,5% com o aumento da esperança média de vida. É fundamental prestar muita atenção à saúde nas diferentes fases da vida, e para isso é necessário que o serviço público de saúde mantenha as condições para que as mulheres possam fazer os exames preventivos, assim como melhorar a assistência às mulheres em todas as fases da vida, especialmente na gravidez e no puerpério.

A qualidade de vida e bem-estar das Mulheres durante a gestação, parto, pós-parto e o desenvolvimento das crianças até aos dois primeiros anos de vida é fundamental para reduzir a mortalidade materna infantil, e o garantir dos direitos sexuais e reprodutivos de Mulheres, jovens e adolescentes.

Concluiu-se num estudo, realizado pela UMAR no Funchal, que 54,2% das Mulheres usufruem dos direitos da maternidade e apena 37,4% dos homens usufruem dos direitos da paternidade. Ainda que as mulheres do Conselho tirem mais tempo para cuidar das/os filhos/as e recorram aos direitos da maternidade com mais frequência do que os homens, são elas que mais acompanham os/as filhos/as ao médico. São também elas que mais frequentam os centros de saúde, que são mais sensíveis aos cuidados de saúde, e que sofrem mais com os problemas de saúde crónicos, doenças cardiovasculares e oncológicas.

Neste dia consagrado à saúde das mulheres, o nosso apelo é para que todas cuidem da sua saúde de maneira preventiva, exigindo os rastreios de prevenção a que têm direito, como forma de viverem mais tempo com qualidade de vida.

Exigimos também às entidades que gerem os serviços de saúde que sejam cumpridoras dos seus deveres, não se limitando apenas a tratar as doenças, mas a evitar que elas aconteçam precocemente, pois se uma prevenção séria for feita de forma correta, a vida das mulheres será mais longa e mais feliz e o serviço público de saúde será menos oneroso”.