Congresso do Sindicato dos Professores da Madeira começou hoje abordando ética e sindicalismo

Principiou hoje o 12º Congresso do Sindicato dos Professores da Madeira (SPM), com cerca de duas centenas de participantes, representando os diferentes sectores de ensino e oriundos de diversas localidades da Região. A assembleia magna do SPM prolonga-se até amanhã, sob o lema “Ética, Docência e Sindicalismo: sentidos, razões e consequências”.

A sessão de abertura contou com um momento musical protagonizado pelo violoncelista László Szepesi. Em seguida, registou-se uma saudação aos congressistas e convidados por André Escórcio, presidente da Mesa da Assembleia Geral do SPM, que dirigiu os trabalhos nesta primeira etapa, seguida da exibição de um vídeo de oito minutos, com enfoque na história do SPM, mais concretamente os seus 11 congressos.

Os trabalhos avançaram com a intervenção de múltiplos oradores, nomeadamente  Francisco Oliveira, Coordenador do SPM, Jorge Carvalho, secretário Regional de Educação,  Paulo Cafôfo, Presidente da Câmara do Funchal, Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, e João Cunha e Serra, presidente do Conselho Nacional da FENPROF.

Francisco Oliveira referiu que este Congresso marca o início da preparação dos 40 anos do SPM e considerou que o congresso que tem de contribuir para a reflexão sobre a profissão, estabelecendo as pontes entre ética e sindicalismo.

O secretário regional da Educação deixou claro o interesse do governo da RAM em estabelecer parcerias com os professores e as escolas, sabendo das dificuldades, mas também manifestando vontade em ultrapassá-las.

Arménio Carlos deixou um recado aos governos: “ouçam mais os sindicatos dos professores, para aproveitarem o contributo que estes podem dar para resolver muitos problemas porque passa o país”. E atacou o preconceito que tentam imprimir contra os sindicatos, para chamar a atenção para a essência do movimento sindical: rigor e exigência, para transformar.

Já João Cunha Serra desafiou os docentes a “lutarem contra o inconformismo” e manterem o espírito crítico.

Nesta primeira manhã, depois de terem aprovado, o regimento de funcionamento do Congresso e o Relatório de Actividades, os congressistas acompanharam a conferência de abertura, proferida pelo Sindicalista e professor universitário Manuel Carvalho da Silva que abordou o tema: Trabalho, Emprego e Sindicalismo: Ética e Desafios à Política, refere um comunicado.

Depois da retoma dos trabalhos às 14h00, registou-se a apresentação da moção de orientação para o triénio 2017/2020; o primeiro painel temático dedicado à Ética e Direito do Trabalho, protagonizado por Brício Araújo, presidente do Conselho Distrital da Ordem dos Advogados, e Rui Assis, advogado do Sindicato dos Professores do Norte, especialista em direito administrativo e a discussão da Moção de Orientação 2017/2020, antes apresentada.