Voto cumpre-se na celebração religiosa de São Tiago com políticos a marcar presença

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 Rui Marote
A festa de São Tiago, o padroeiro da cidade do Funchal e do Arquipélago da Madeira, foi comemorada esta manhã, 1 de Maio, mantendo-se assim uma tradição que se iniciou no primeiro quartel do século XVI. Os presidentes da Assembleia Legislativa, Tranquada Gomes, da Câmara  Municipal do Funchal, Paulo Cafôfo, e a representante do Governo Regional, Rubina Leal, participaram nesta celebração que mobilizou a presença de muitos populares.

Pelas 09h30 saiu, da capela do Corpo Santo, a procissão do voto que percorreu a Rua D. Carlos I, Rua de Santa Maria e Largo do Socorro. Às 10h30 horas iniciou-se a Eucaristia na Igreja de Santa Maria Maior (Socorro).
A origem desta celebração remonta aos anos de 1521 a 1523, quando a Ilha da Madeira foi devastada por um surto de peste que motivou muitas mortes e causou pânico entre a população. Em consequência desta situação alarmante, as autoridades reuniram-se na Sé do Funchal, com o objetivo de escolherem um santo que protegesse o povo. O “sorteio” foi feito colocando os nomes dos Santos Apóstolos, da Virgem Maria e de São João Baptista no boné de um menino que de lá tirou um nome, sendo São Tiago Menor o escolhido para proteger a cidade e assim, a 21 de Julho, a imagem do “bem aventurado Apóstolo” foi levada numa procissão até ao extremo Este da cidade.

Quando no ano de 1538 a peste voltou a assombrar o Funchal, foram renovados os votos àquele santo, com a realização de uma procissão, implorando-lhe a sua proteção para debelar a doença. Como as preces foram atendidas o voto foi cumprido e mantido até à actualidade com a tradicional “procissão do voto” realizada no dia 1 de Maio.

Durante muitos anos, a procissão percorria o itinerário entre a Sé e a igreja de Santa Maria Maior realizando-se agora com um itinerário mais reduzido, registando sempre a participação de elementos da Câmara Municipal do Funchal, bem como bombeiros e escuteiros, para além dos devotos de São Tiago.

Uma das características desta procissão é o uso por parte da maioria dos participantes, de cordões com flores amarelas, denominados de “maios”.
O Representante da República, Ireneu Barreto, integrou o cortejo religioso.