Grupo de Teatro “O Moniz-Carlos Varela” mostra viagem da vida no Teatro Municipal

Fotos Carlos Freira.

O grupo de teatro “O Moniz-Carlos Varela” convidou, ontem, o público a mergulhar numa viagem paradoxal e por vezes errática ao universo da viagem ao mundo, ao interior das pessoas e à própria vida em geral, com a representação da peça “Memória: um filme mudo”.

O espetáculo, de acesso gratuito, teve por palco o emblemático Teatro Muncipal Baltazar Dias e contou com casa cheia de estudantes, professores e demais público que assim  testemunharam os desempenhos de alunos que, por minutos, assumiram o papel de atores. Um espetáculo que contou também com a presença do presidente do Conselho Executivo da Jaime Moniz, Jorge Moreira de Sousa, e do diretor regional de Inovação e Gestão da Secretaria Regional de Educação,  Carlos Andrade.

Recorde-se que esta peça, da autoria do grupo de teatro da Escola Secundária de Jaime Moniz, foi a vencedora do “Prémio Carlos Varela”, durante a recente realização do XXV Festival do Teatro Regional de Teatro Escolar-Carlos Varela, que mobilizou várias escolas da Região, na ESJM.

Graças a um protocolo rubricado entre a Câmara Municipal do Funchal/Teatro Municipal e a ESJM foi possível levar à cena, na sala de espetáculos madeirense, a peça vencedora, a título gratuito, proporcionando assim a todos um espetáculo feito pela mão de jovens artistas, orientados por Carla Martins e Micaela Martins.

É de referir ainda que esta peça contou também com a colaboração do grupo DancEn?gma com duas das coreografias apresentadas, cheias de arte e vivacidade, com destaque também para o colorido em palco.

Em palco desfilaram múltiplas e contraditórias histórias de vida: do viajante de línguas múltiplas que procura a sua identidade; do turista-padrão que demanda a beleza da cultura do país vizinho; de usos e costumes que suscitam o choro e o riso e, ainda, um espaço importante à dramatização de uma viagem ao seio da vida conjugal estagnada pela rotina, falta de afetos e indiferença mas também com momentos hilariantes.

Já dizia Brecht que o teatro purifica, reeduca, leva pela mão o espetador/leitor e redefine-o em relação ao mundo. Estudantes, professores e demais público saíram ontem à noite do teatro com muita matéria em que pensar e puderam testemunhar o brilharete de jovens atores e bailarinos que tudo fazem, no intervalo das suas aulas, por amor à arte.