Crónica Urbana: Baralhar e dar de novo

Rui Marote

Tudo voltou “à primitiva”. As placas toponímicas que atribuíam o nome de combatentes madeirenses da 1ª Guerra Mundial a ruas já existentes tomaram outras posições geográficas.
O braço de ferro dos residentes deitou por terra a posição da Câmara relativamente à mudança de nome das ruas nas proximidades do antigo Paiol. O descontentamento derrubou ofícios, reuniões de Câmara, e inclusive deliberações para pagamento das despesas que os residentes tivessem de vir a contrair por causa da mudança de nome das ruas.
Beco do Paiol continua Beco do Paiol, e Travessa do Paiol continua Travessa do Paiol.
Ora, de toda esta confusão pode concluir-se que gerir um Munícipio ou uma Junta de Freguesia não é o mesmo que tomar conta de uma pocilga. Nem no tempo do “Regedor” aconteciam tais procedimentos atabalhoados.


Chegamos, pois, à conclusão de que a Junta de Freguesia ou a Câmara desconhecem ruas e becos desta cidade. O Funchal Noticias voltou à mesa da “bisca” e verificou que as placas do Beco do Paiol e Travessa do Paiol regressaram aos mesmos locais. E com algumas nuances interessantes.


As placas agora atribuem trechos de arruamento aos nossos combatentes. Um espaço de 85 metros sem nenhum número de porta passa a chamar-se Rua Alberto Sena Mendes (2º Sargento). Quanto à Rua Henrique José Sousa Machado (tenente de Infantaria), tem 50 metros de extensão, e tem um só numero de porta… que é o da Liga dos Combatentes.
Na proxima sexta-feira, dia 24, às 12h05 com a presença do Representante da Republica Ireneu Barreto e das entidades autárquicas proceder-se à inauguração destas mini-ruas.
Cumprimentar pressurosamente com o chapéu e dizer “Amén” a tudo, decidindo a quente para ficar bem, tem destas coisas.