Saltimbancos, hippies, marinheiros da arte… os rótulos pouco ou nada importam. São diferentes e cultivam um estilo de vida assumidamente fora dos estereótipos. São 25 aventureiros que trilham um percurso de vida sui generis. Vivem nos barcos, viajam pelo mundo e promovem festivais de música, dança, artesanato e outras artes nos portos onde vão ancorando. “Festina Lente” é a sua imagem de marca e no próximo fim de semana o roteiro é na Calheta.
Lise, apenas Lise e basta, é a coordenadora de uma incursão que se iniciou a 26 de maio de 2016 e que termina em agosto do corrente ano. Após vários portos a partilhar as suas vivências e criatividade, o Porto de Recreio da Calheta é o itinerário que se segue, com a colaboração do Bar Maktub, onde estão expostos os trabalhos artesanais e fotográficos do grupo.
Seis veleiros rasgam os mares, qual procissão, levando a bordo uma paleta de artistas, desde atores de teatro e de circo, dançarinos, coreógrafos, artistas plásticos, educadores, técnicos e até mesmo marinheiros. A arte em alto mar, a libertação das amarras da rotina e das convenções sociais e, depois, a demanda da atenção do público em terra para o convívio e partilha dos seus trabalhos.
O itinerário tem sido bastante corajoso mas tudo tem corrido bem, desde o oeste do Mediterrâneo até ao Noroeste de França (Bretanha), passando pela Itália, Espanha, Norte de África, Canárias, Madeira e Açores. Contas feitas, mais de 10 mil quilómetros a percorrer em veleiros, contando com as boas graças do vento como energia de propulsão. Estão rodados na maré favorável e desfavorável da vida e, por isso, fazem-se ao mar com espírito aberto e a preparar o trabalho a expor em terra.
Cada porto onde atracam, há um festival a ser promovido. Há que divulgar a arte da equipa Festina Lente. O programa é variado: concertos musicais, oficinas artísticas para crianças, exposições de fotografia e produtos artesanais.
No próximo fim de semana, acontecerá a primeira escala no Porto de Recreio da Calheta. 24 , 25 e 26 de março, são três dias de espectáculos a Oeste da Madeira e a desejada empatia com a população da Calheta, bem como o imoprtante convívio com artistas, associações e demais instituições locais. Um estilo de vida, experimentado um ano em alto mar, a alma cheia de vivências e histórias por contar ou replicar na arte. O Festina Lente espera pelo público sem idade este fim de semana na Calheta.