Atividade do mosquito em 2016 foi inferior à registada em 2012

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Atividade do moquito na Região tende a diminuir.

Uma nota da secretaria regional da Saúde anuncia que o ano de 2016  registou uma atividade do mosquito Aedes Aegypti inferior a 2012,  ano do surto de dengue, doença transmitida por este vector. Estes dados, diz a mesma nota, contraria “o noticiado pela Câmara Municipal do Funchal”.

O Governo esclarece que “tendo por base o ciclo entomológico ( vigilância actividade do vetor) 2016 no seu global, o n.º de ovos apresentou uma diminuição de menos 2,5 % face ao período análogo de 2012. Considerando os 42 pontos-chave em monitorização (42 armadilhas de oviposição, sediadas nos mesmo locais com georreferenciação) desde 2010, e as observações registadas neste em 2016, há que salientar ainda que em comparação ao ano de 2012 a atividade de oviposição ( produção de ovos) é de menos 60 %”. Também no ciclo entomológico de 2016 (semana 10 à semana 52) há uma diminuição de menos 13 % do número de formas adultas (machos e fêmeas), relativamente ao período análogo de 2012″.

Plano coordenado pelo GR

A secretaria informa ainda que “o Plano integrado de prevenção e controlo do mosquito é coordenado pelo Governo Regional da Madeira, através do Instituto de Administração da Saúde, IP-RAM. (IASAÚDE)”.

O Plano de Contingência para as doenças transmitidas por vetores (está em vigor desde 2013) para o dengue, atualizado para Chikungunya em 2014 e em atualização para Zika, envolve vários sectores de atividade: saúde, ambiente, educação e o setor empresarial hoteleiro. Estão asseguradas medidas de vigilância entomológica, vigilância epidemiológica e comunicação e educação para a saúde.

No eixo vigilância entomológica e epidemiológica, o Instituto de Administração da Saúde mantém a rede de armadilhas de observação de oviposição e de armadilhas de captura de adultos com observação durante todo o ano.

Autarquias são parceiros de ação

nota governamental afirma que “as autarquias são parceiros de acção neste combate,  tendo a capacidade de intervir ao nível da sanidade e serviços de gestão de resíduos sólidos das comunidades, avaliando a relação direta com a disponibilidade dos habitats larvares,  regulamentar e cuidar das violações relacionadas com a rede de saneamento básico, o escoamento das águas pluviais, a limpeza, remoção ou eliminação de todos os contentores ocasionais de água de pequeno e grande porte, através de programas específicos de gestão ambiental”

As estruturas da SRS e autarquias devem, a nível das áreas predominantemente urbanas e medianamente urbanas, recolher informação sobre os ecossistemas e habitats em risco elevado de proliferação de vetores, cruzando essa informação com o programa de vigilância do vetor Aedes aegypti, na alçada do IASAÚDE, e implementar ações de controlo físico e ambiental deste vetor. As autarquias, para além das ações anteriormente referidas, trabalham em estreita ligação com as autoridades de saúde.

Plataforma geográfica

A Secretaria Regional da Saúde informa ainda que, no site do IASAÚDE (http://iasaude.sras.gov-madeira.pt/naomosquito/) está disponível uma plataforma geográfica “Não Mosquito” que permite conhecer a localização do mosquito, bem como  dá a possibilidade dos próprios cidadãos notificarem os espaços de maior concentração deste vetor.