PS-M auscultou aspirações da UGT para Orçamento de Estado 2017

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Os deputados socialistas reuniram, esta segunda-feira, com a União Geral de Trabalhadores (UGT) para analisar o Orçamento de Estado para 2017, de modo a perceber quais são as grandes aspirações desta estrutura, bem como dos trabalhadores que representa, no sentido de promover um Orçamento que potencie, por um lado, as condições de trabalho e uma maior empregabilidade e, por outro, condições económicas que possibilitem a criação de emprego.

O líder parlamentar do PS na ALRAM, Jaime Leandro, foi o porta-voz desta iniciativa, referindo que se existirem boas condições, o trabalho será menos precário, mais condicente com as necessidades dos trabalhadores e dos patrões, tendo em conta sobretudo a dignidade das pessoas, que actualmente é, muitas vezes, colocada em causa.

Face ao exposto, mencionou que, em matéria fiscal, após o término do PAEF era suposto que fosse reposto o diferencial fiscal, criando com isso recursos para as famílias, como também para as empresas, facilitando a vida dos madeirenses. No entanto, o Governo Regional seguiu outro caminho, nomeadamente “à boleia das políticas de Passos Coelho e de Paulo Portas”, dificultando a vida das pessoas, com uma carga insuportável de impostos, que era suposto ser aliviada. Uma posição sempre contestada pelo PS e pelo seu grupo parlamentar, que em sede de Orçamento de Estado promete agir em defesa da reposição desse diferencial fiscal.

Em matéria de políticas activas do ponto de vista económico, Jaime Leandro afirmou que a posição que o Governo Regional tem vindo a assumir no que concerne aos apoios às empresas, processa-se através dos Fundos Comunitários, através de linhas de crédito que o Governo da República ou o GR  têm vindo a implementar. Do ponto vista do Orçamento Regional essa lógica tem sido secundarizada, demonstrando mais uma vez que o GR acha que a resolução dos problemas da Região são da competência da União Europeia ou então do crédito que acaba por recair sobre as empresas e trabalhadores.

 

Nesse sentido, quis saber o que é que o executivo de Albuquerque preconiza em relação a essas matérias, do ponto de vista económico, para relançar a economia, garantindo que “com empresas saudáveis e economias pujantes haverá condições de trabalho e remunerações mais favoráveis”, ressalvando que é isso que, realmente, importa quer na defesa das empresas, quer dos trabalhadores que nesta componente são o elo mais fraco.

 

Por outro lado, o presidente da UGT, Ricardo Freitas, apelou para  que seja corrigido um conjunto de políticas, que têm sido de profunda austeridade, defendendo que em 2017 haja reconversão sobre esta matéria, defendendo por isso a reposição de rendimentos aos trabalhadores.